Saúde


Ministério Saúde suspende serviço e empresa cobra dívida de R$ 35 milhões de teleconsultas


Publicado 18 de setembro de 2020 às 13:00     Por Peu Moraes     Foto Arquivo / Agência Brasil

O Ministério da Saúde solicitou a rescisão do contrato de R$ 144 milhões para atendimento remoto de pacientes com suspeita do novo coronavírus (covid-19) assinado durante a gestão do ex-ministro da pasta Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS). As informações foram publicadas pelo site Uol, nesta sexta-feira (18). Os serviços prestados pela empresa Topmed foram interrompidos no final do mês. A empresa diz ainda não ter recebido por 2,3 milhões de teleconsultas realizadas.

Conforme a reportagem, levando em conta o custo de cada atendimento estimado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), o governo federal deve pelo menos R$ 35 milhões à Topmed. O Portal da Transparência, mantido pelo governo federal, não acusa nenhum pagamento do Ministério da Saúde à empresa. E apesar da solicitação do ministério, o contrato ainda não foi oficialmente rescindido.

“O atendimento do Telesus foi alterado pelo Ministério, como se pode constatar ligando para o 136, que agora funciona apenas por mensagem, sem interação humana”, informou a Topmed. Na verdade, funcionários atendentes também atuam, constatou a reportagem nesta semana. A empresa chegou a ter 1.500 funcionários para atendimento remoto à população.

Procurado na segunda-feira (14), o Ministério da Saúde confirmou que o serviço do Telesus foi “descontinuado”, mas não se pronunciou sobre o contrato nem sobre os pagamentos à Topmed. “Os serviços do TeleSUS foram pensados e criados para monitoramento de casos quando a orientação era buscar atendimento presencial apenas em situações graves. Desta forma, o serviço foi descontinuado”, declarou o órgão.



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