Cidades


Após análises, MP descarta contaminação de pescado nos municípios de Sergipe


Publicado 13 de fevereiro de 2020 às 13:01     Por Peu Moraes     Foto Peu Moraes / AjuNews

Na manhã desta quinta-feira (13), o Ministério Público de Sergipe (MP-SE) apresentou em coletiva os resultados das análises feitas nos estuários (ambiente aquático de transição entre um rio e o mar) atingidos pelo derreamento de óleo no final de 2019. O MP-SE destacou que os índices de elementos químicos encontrados nas amostras não apresentam risco a população. Ação de monitoramento foi coordenadora pelo MP-SE em parceira com a Universidade Federal de Sergipe (UFS); Instituto Tecnológico e de Pesquisas do Estado de Sergipe (ITPS) e pela Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema).

Para o vice-reitor da UFS (Universidade Federal de Sergipe) Valter Joviniano, o trabalho de monitoramento precisa continuar. “Fizemos essas análises após o maior acidente ambiental brasileiro e felizmente os resultados foram positivos. Contudo é necessário continuar monitorando porque os protocolos internacionais pedem que esse tipo de acidente seja investigado por mais cinco ou dez anos para se ter uma resposta segura dos impactos”, ressaltou.

O diretor do ITPS, Antônio Carlos Porto de Andrade criticou a postura do governo federal diante dessa situação. “O governo federal não pode esquecer um assunto tão importante, pois foi o maior desastre ambiental da história do país. E, o governo federal pouco fez para sanar e descobrir os culpados pelo derramamento desse óleo”, pontou.

Adema realizou deste o começo de 2020, análises em dez estuários nos municípios de Aracaju, Itaporanga D´Ajuda, Pacatuba, Japaratuba, Brejo Grande e Estância. “Não encontramos nenhuma irregularidade nos índices de elementos químicos que possam prejudicar a saúde da população”, o analista ambiental da pasta, Antonelle Moraes.

Claudia Calmon, promotora do MP-SE confirmou uma nova reunião para definir os termos de monitoramento e os recursos que serão investidos. “Vamos buscar junto a UFS, Adema e ITPS um plano de monitoramento e sentar com o governo do estado e federal a forma custeio das ações.”, explicou.



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