Política


Após queda de popularidade, Bolsonaro agradece a China por liberação de insumo para Coronavac


Publicado 26 de janeiro de 2021 às 08:00     Por Fernanda Sales     Foto Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que registrou queda de popularidade segundo pesquisa Datafolha, agradeceu nesta segunda-feira (25) a colaboração da China para autorizar a exportação de 5.400 litros de insumos da Coronavac. O imunizante é fabricado pela chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. As informações são da Folha de São Paulo.

O lote de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) liberado pela China deve ser suficiente para a fabricação de 8,5 milhões de doses da Coronavac. De acordo com a Folha, Bolsonaro já chamou o imunizante de “a vacina chinesa do Doria”.

A autorização foi celebrada por Bolsonaro através do Twitter: “A Embaixada da China nos informou, pela manhã, que a exportação dos 5,4 mil litros de insumos para a vacina Coronavac foi aprovada e já estão em área aeroportuária para pronto envio ao Brasil, chegando nos próximos dias”, escreveu o presidente.

“Assim também os insumos da vacina AstraZeneca estão com liberação sendo acelerada. Agradeço a sensibilidade do governo chinês, bem como o empenho dos ministros Ernesto Araújo [Relações Exteriores], Eduardo Pazuello [Saúde] e Tereza Cristina [Agricultura].”

Segundo a publicação, a atitude marca uma mudança na retórica anti-China que Bolsonaro e a ala ideológica vinham protagonizando, com declarações vistas como ofensivas por Pequim.

Bolsonaro já deu diversas declarações questionando a eficácia de vacinas e disse que não pretende se imunizar. Ao longo de 2020, ele atacou a Coronavac em mais de uma ocasião e chegou a dizer que a vacina não transmitia confiança por sua origem e garantiu que o governo não a compraria.

Segundo o último Datafolha, Bolsonaro teve o maior recuo nominal desde o começo do governo. A crise de falta de oxigênio em Manaus e o atraso na vacinação se refletiram numa queda de popularidade do presidente. O levantamento mostrou que o presidente é avaliado como ruim última pesquisa (dezembro). Já quem acha o presidente ótimo ou bom passou de 37% para 31% na nova pesquisa, feita nos dias 20 e 21 de janeiro.

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