Economia


Covid-19: CGU realizou 30 operações contra superfaturamento e irregularidades


Publicado 17 de setembro de 2020 às 13:43     Por Peu Moraes     Foto Marcello Casal Jr / Agência Brasil

O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, afirmou que o órgão realizou 30 operações buscando irregularidades nas compras feitas em caráter emergencial por estados, municípios e pelo governo federal para combater a pandemia do novo coronavírus (covid-19). As informações foram publicadas pela Agência Brasil, nesta quinta-feira (17).

“São pessoas que não fazem jus ao programa e tentam passar nesses crivos. Todas as bases estão sendo cruzadas. Esses trabalhos têm gerado resultados efetivos ao governo”, informou. Questionado sobre contratos irregulares de estados, municípios e até mesmo da União nas compras emergenciais relativas à pandemia de covid-19, o ministro afirmou que várias informações foram investigadas nas 30 operações realizadas pela CGU em parceria com outros órgãos.

De acordo com o ministro, o trabalho da CGU é todo baseado em big data – imensos bancos de dados e informações públicas que podem ser cruzados e comparados por algoritmos de computador que, em uma segunda etapa, identificam desvios ou irregularidades.

Rosário informou que as duas maiores fontes de irregularidades na distribuição do auxílio emergencial são o uso do CPF de pessoas falecidas e o cadastro de CPFs que não atendem aos requisitos para o recebimento do benefício. Segundo o ministro, R$ 4,5 bilhões foram economizados pelo governo em casos irregulares identificados antes do crédito – operação que só foi possível com o uso de big data.

“Até o momento, 280 entes federados foram investigados. Fizemos o levantamento dos preços praticados nessas contratações. Nenhum trabalho focou apenas em superfaturamento, mas também empresas sem funcionários, empresas com endereços inexistentes. Vamos continuar trabalhando para identificar irregularidades na aplicação dos recursos da covid-19”, relatou.



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