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Em áudio, Roberto Justus minimiza coronavírus: “Não vai matar ninguém na favela, vai matar só velhinho”


Publicado 23 de março de 2020 às 08:55     Por Redação AjuNews     Foto Divulgação

Um áudio de Roberto Justus enviado em um grupo de WhatsApp respondendo a uma mensagem de Marcos Mion vazou, na noite deste domingo (22), em que o apresentador e empresário questiona informações compartilhados pelo apresentador de A Fazenda que apontava a possibilidade de morrer um milhão de pessoas no Brasil por causa do novo coronavírus (covid-19). Segundo Justus, o vírus não é grave e muito pior será a recessão por conta do que ele chama de histeria.

“Mion, estamos em total desacordo e vou te passar uma matéria de um cara genial dos Estados Unidos falando sobre essa histeria. Um milhão de mortos, quando alguém faz um argumento desses, com todo o respeito também que te acho um cara muito inteligente, quando alguém solta um argumento desses acabou, né? Um milhão de mortos no Brasil? Em lugar nenhum no mundo teve o total de mortos. No mundo, até agora foram de 12 mil. 12 mil pessoas morreram no mundo do coronavírus até agora. Isso é absolutamente nada, 220 mil infectados. E o Brasil é tão abençoado por Deus que aqui ele vai matar um milhão. Em lugar nenhum no mundo, nem na China onde tudo começou, nem lugar nenhum. Mas aqui ele vai matar um milhão. Então, quando você faz um argumento desses, então Mion, não dá nem pra discutir, entendeu? Aí é uma desinformação de um nível tão grande que não dá nem pra discutir. Sem querer te ofender, pelo amor de Deus, respeito seus pensamentos, mas você está totalmente errado”, garantiu.

Em determinado momento, Justus chegou a acusar o amigo de não conhecer estatística. “Então, quem entende um pouco de estatística, que parece que não é teu caso, vai perceber que é irrisório e dos que morrem, mesmo dos velhinhos é só de 10 a 15% deles morrem. Pra maioria da população mundial, se pegarmos o vírus, que seria bom porque pegaríamos o anticorpos e ele acabaria de uma vez”, provocou.

E Justus não ficou satisfeito com o que havia dito e prosseguiu. “Agora, claro que esse exagero foi feito, tem vários argumentos, vários pensamentos atrás dele, mas eu não to dizendo. A gente devia isolar os velhinhos, devia cuidar deles. É o que eu falo, não ter aglomerações humanos, tipo grandes eventos, festas, etc. Isso sim. Mas esse isolamento vai custar muito mais caro. Você está preocupado com os pobres? Você vai ver a vida devastada da humanidade na hora do colapso econômico, da recessão mundial, dos pobres não terem o que comer, das empresas fecharem, do desemprego em massa. Não dá pra comparar com um ‘viruzinho’, que é uma ‘gripezinha’ leve para 90% das pessoas. Não dá pra comparar o desastre que vai ser a vida”, garantiu o empresário.

Justus ainda lembrou que o vírus não será grave caso entre na favela. “Está preocupado com a vida das pessoas? Fique preocupado, não com o vírus entrar na favela porque não vai matar ninguém na favela. Vai matar só velhinho e gente já doente. Não tem nenhuma morte no mundo até hoje, das doze mil, que a pessoa não teria algum problema recorrente de saúde do passado, nenhuma. Como você me explica isso? Todos foram velhinhos, todos foram, se mais jovens é porque tinham problemas pulmonar, ou são diabéticos ou tem outras doenças que fizeram com que eles fossem um pouco mais grave, mas pessoa saudável? Zero. E os pobres não são todos doentes, não”, afirmou

O apresentador de O Aprendiz, garantiu ainda que o coronavírus não é tão grave quanto os problemas financeiros do mundo. E, ele ainda foi além para encerrar o assunto. “Bom, eu não vou alongar porque vocês detestam gravações longas, mas não dava pra ficar absolutamente contra sua opinião. Um milhão de mortes no Brasil é uma das piadas de mais mau gostos que eu já vi na minha vida. E vou te passar e se você tiver paciência e um bom inglês, por favor, leia essa matéria. Tem várias, mas eu vou te passar só a melhor falando dessa histeria totalmente desproporcional”.

Procurada, a assessoria de Mion respondeu que “o áudio que está circulando é apenas uma parte de uma conversa de um grupo de amigos e se referia a um vídeo, não do Mion, mas de um pesquisador, o biólogo, especializado em virologia, Átila Iamarino. O vídeo, colocado no grupo pelo Mion, traz prospecções de diferentes cenários para diferentes variáveis. Não se tratava de uma única afirmação determinista. Os integrantes do grupo discutiam livremente em cima das possibilidades colocadas pelo especialista, assim como discutem várias outras prospecções e cenários”.

Acrescentou também que “desde o dia 12 de março, Mion usa, diariamente, seu alcance nas redes sociais e credibilidade para alertar a população sobre a importância da prevenção diante do coronavirus. Seus vídeos, que somam milhões de acessos e são compartilhados nas mais diferentes plataformas, apresentam exclusivamente informações e recomendações de fontes oficiais”.

 



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