Saúde


Força Nacional do SUS detectou escassez de oxigênio, leitos fechados e previu colapso em Manaus, diz jornal


Publicado 19 de janeiro de 2021 às 16:00     Por Roberta Cesar     Foto Divulgação / Centro de Comunicação Social da Aeronáutica

A Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), convocada pelo Ministério da Saúde para atuar em Manaus, no Amazonas, detectou a escassez de oxigênio na cidade e registrou em relatórios oficiais o que estava acontecendo nos hospitais. Os documentos da análise da situação nos dias 8, 9, 11, 12 e 13 registram a evolução e o tamanho do problema, inclusive com previsão de quando iria ocorrer o colapso na rede de saúde. As informações foram publicadas pelo jornal Folha de São Paulo, nesta terça-feira (19).

Segundo a publicação, embora os documentos detalhassem o problema, o Ministério da Saúde enviou a Manaus quantidades inferiores de oxigênio, que eram insuficientes para evitar a crise de escassez da rede de atendimento a pacientes com covid-19. Por causa da falta do oxigênio, pessoas morreram asfixiadas nos hospitais.

Os relatórios indicam o momento em que o oxigênio foi para a reserva nas unidades hospitalares; equipes médicas que não faziam a medição da saturação dos pacientes, para que não fosse detectado a necessidade de oxigênio; além do impedimento de abrir novos leitos no hospital universitário federal por falta do insumo.

O chefe da pasta, ministro Eduardo Pazuello, tem 15 dias para explicar à Procuradoria-Geral da República (PGR) qual o motivo da omissão diante da constatação prévia da crise na rede de saúde. O ministro foi alertado sobre o problema ao menos desde o dia 8.



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