Após a polêmica vacinação do prefeito de Itabi, no Médio Sergipano, Júnior de Amynthas (DEM), o Governo de Sergipe, por intermédio da Procuradoria Geral do Estado (PGE), entrou com uma representação junto ao Ministério Público para apurar possível ilícito penal e ato de improbidade administrativa praticado pelo gestor.

Na última terça-feira (19), Júnior de Amintas tomou a vacinação contra a covid-19 sem integrar o grupo prioritário previsto no Plano Nacional de Vacinação- PNI e no Plano Estadual de Vacinação- PEV. O prefeito tem 46 anos e não faz parte de grupo nesta primeira fase da vacinação.

De acordo com o procurador geral do Estado, Vinicius Oliveira, os planos de vacinação seguem a lógica de proteção à saúde humana e estratégia de entretanto à doença, com prioridade fixada para proteger os mais sensíveis e resguardar os profissionais que atuam na linha de frente. “Quando nos deparamos com a situação narrada, da odiosa figura do “fura-fila”, caso confirmada, não se estimula apenas a transgressão, mas reforça uma agressão moral à toda sociedade que deve ser duramente reprimida”, informou.

O Ministério Público de Sergipe já havia informado que irá investigar o descumprimento ao protocolo estabelecido no planejamento de vacinação. O governo informou que “permanecera vigilante para a correta aplicação do plano de vacinação contra o novo coronavirus”.

Justificativa do prefeito
Nesta quarta-feira (2)), Júnior de Amynthas publicou um vídeo se justificando e tentou esclarecer o caso afirmando que não houve uso de privilégios. Segundo ele, foi uma tentativa de encorajar a população. Ele ainda disse que, caso tentasse fazer o ato de forma maldosa, teria tomado às escondidas e vacinado também a esposa, os pais e o filho de oito anos (crianças não podem tomar a vacina).

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