Saúde


Mais de 200 leitos de retaguarda são implantados em Aracaju


Publicado 22 de abril de 2020 às 19:27     Por Larissa Barros     Foto André Moreira / Prefeitura Municipal de Aracaju

Mais de 200 leitos de retaguarda destinados aos pacientes infectados pelo novo coronavírus (covid-19) devem ser implantados em Aracaju. A informação foi divulgada pela prefeitura, nesta quarta-feira (22).

Segundo o prefeito Edvaldo Nogueira (PDT), para os pacientes que precisam de internamento são sete leitos já disponíveis na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Fernando Franco, outros sete previstos na UPA hospital Nestor Piva, 20 contratados no Hospital São José e outros 16 que serão contratados no Hospital Universitário. Além disso, contará também com mais 20 leitos no prédio do Centro de Apoio Psicossocial (Caps) Jael Patrício de Lima e 152 no hospital de campanha no Centro de Atendimento Provisório.

“Temos investido com base nas projeções que temos feito diante desse cenário de pandemia, nos preparando para garantir um atendimento de qualidade. O espaço do Caps Jael Patrício está pronto e foi muito bem equipado para atender àqueles que se enquadrarem em casos de baixa e média complexidades”, destaca o prefeito Edvaldo Nogueira.

De acordo com a secretária da Saúde, Waneska Barbosa, é importante se anteciparem para uma possível alta no número de pessoas internadas e para garantia de oferta desses leitos.

“Com o avanço do nível Emergência em Saúde Pública previsto em nosso Plano de Contingência, a oferta de leitos de retaguarda se faz necessária, visto que o número de casos crescente pode sobrecarregar os equipamentos de saúde de que dispomos. Para isso, além da estruturação das unidades básicas, com atendimento exclusivo, os casos de baixa e média complexidade que necessitam de internamento serão atendidos nesses leitos de retaguarda. Precisamos nos antecipar para uma possível alta no número de pessoas internadas, e por isso”, declara a secretária.

Segundo o coordenador da Rede de Urgência e Emergência (REUE) do Município, Júlio Lima, a preparação desses leitos de retaguarda envolve tanto a contratação e remanejamento de profissionais de saúde quanto de equipamentos e insumos.

“A Prefeitura vem se estruturando na parte de equipamentos, de pessoal, colocando todo suporte necessário da parte ventilatória, que é o mais acometido nesses pacientes, bem como a parte de material, medicamentos, insumos, tudo aquilo que a gente precisa para fazer o atendimento desse perfil de paciente”, afirmou Júlio Lima.

Ainda de acordo com o coordenador da REUE, o paciente que será encaminhado para esses leitos, receberá o atendimento inicial nas unidades de referência, e havendo necessidade de internamento, será realizada a solicitação através do Núcleo de Interno de Regulação (NIR) próprio da Secretaria. Além disso, vai haver retaguarda de equipamentos para atender pacientes que possam ter o agravamento no quadro clínico, no Fernando Franco e no hospital de campanha.

“O paciente que precisar ser transferido para um dos leitos de retaguarda vai ser regulado pelo NIR, e será destinado para o leito adequado à necessidade dele. Vai ter um formulário a ser preenchido online recebido pelo NIR, que vai ter o painel de leitos onde vai verificar a disponibilidade de acordo com o perfil do paciente e do que ele precisa. O NIR vai ter a especificação do que cada leito tem”, detalha Júlio.

As equipes de Saúde vão trabalhar por turno. Segundo o coordenador, na UPA do Fernando Franco são entre oito e dez profissionais atuando por turno, no prédio do Caps Jael Patrício o padrão de escala dispõe de dois médicos, dois enfermeiros, oito técnicos de enfermagem e dois fisioterapeutas.

Já no hospital de campanha que está sendo montado, a estrutura de profissionais será composta de 65 enfermeiros, 170 técnicos de enfermagem, nove farmacêuticos, 13 fisioterapeuta, 32 profissionais de apoio de rede e seis auxiliares administrativos.

Segundo a prefeitura, a contratação da equipe médica ocorrerá com base na necessidade de horas de atendimento por mês, e terá cerca de 9.828 horas mensais distribuídas entre médicos contratados de acordo com a disponibilidade de horário de cada profissional.



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