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OMS descarta imunidade de rebanho contra coronavírus
A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou, nesta terça-feira (18), que descarta a imunidade de rebanho como forma de acabar com a pandemia do coronavírus, pois estudos mostram que 90% da população ainda está propensa a ser contaminada com o vírus. As informações foram divulgadas pelo portal Uol.
O estudo que serviu de base para a afirmação da OMS levou em conta a quantidade de mortos pela doença e o tempo que a pandemia durou até agora. Para o diretor de operações da OMS, Mike Ryan, o mundo não pode apostar numa estratégia de criar uma imunidade de rebanho como forma de barrar a proliferação da covid-19, que já atinge quase 22 milhões de casos.
Segundo a agência, pesquisas em mais de 50 países indicaram que menos de 10% da população apresenta evidências de anticorpos. Já entre os profissionais de saúde e pessoas mais exposta ao vírus, a taxa não passa de 20% ou 25%.
“Isso significa que a maioria da população mundial continua suscetível à infecção e que o vírus tem a oportunidade de circular”, declarou a diretora técnica da OMS, Maria van Kerkhove. A especialista ainda apelou para que as pessoas entendam os riscos que atravessam. “As pessoas precisam tomar decisões. Suas vidas dependem disso”, afirmou. “As pessoas precisam entender que as pessoas estão morrendo”, acrescentou.
Segundo Ryan, há possibilidade de que a imunidade de rebanho ocorra a taxas inferiores a 80%, 70% ou 60% da população. Porém, a agência descarta a possibilidade do uso da estratégia. “Isso não é a salvação e nem deve ser a solução”, insistiu. “Precisamos nos focar em suprimir a transmissão e não esperar que a imunidade de rebanho seja nossa salvação”, declarou.
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