Economia
“Acesso ao crédito é a maior dificuldade”, diz dono do restaurante I-30 sobre fechamento
Um leitor do AjuNews, Josean dos Santos, um dos donos do restaurante I-30, um dos maiores do ramo, localizado no Centro da capital, procurou a reportagem, nesta sexta-feira (16), e relatou que também encerrou as atividades devido à crise gerada pela segunda onda da pandemia do novo coronavírus (covid-19).
“A gente não deu conta de manter a folha de funcionários e o alto valor do aluguel. Eram 30 investidores. 30 pais de famílias no sistema de cooperativismo. Todos trabalhavam e ficaram sem suas fontes de renda. E não recebemos nenhum recurso do governo do estado, do governo federal.”, revelou à reportagem.
Josean também descreveu que dificuldade no acesso a crédito dificulta pequenos empresários. “Até porque a pequena empresa hoje com restrição você não chega a lugar nenhum. Seja Pessoa Jurídica ou sócio, você não pode ter restrição pra pegar esses benefícios. Então acredito que 90% dos brasileiros esteja passando por essa situação. O acesso a crédito é a maior dificuldade do nosso país”, disse o dono do I-30.
Dados do Serasa Experian, em dezembro de 2020, apontam que 5,8 milhões de negócios do setor de serviços estavam com contas atrasadas mesmo com linhas de crédito voltadas para combater a crise durante a pandemia em 2020. A expectativa era de que com o retorno das atividades neste ano, houvesse uma recuperação do setor, mas agravamento da crise com a nova onda trouxe prejuízos para os pequenos comerciantes.
Outros fechamentos em Aracaju
Os restaurantes Cariri, na Orla de Atalaia, e O Renatão, no bairro Augusto Franco, ambos na Zona Sul de Aracaju, vão paralisar as atividades por conta da crise enfrentada na nova onda da pandemia da covid-19. Os donos dos estabelecimentos dizem que com as restrições impostas pelo governo é difícil manter o negócio.
Mesmo com as medidas anunciadas pelo governo do estado, crise acontece em meio ao toque de recolher, anunciado pelo governador de Sergipe, Belivaldo Chagas (PSD), em 17 de março, que proíbe o funcionamento com presença de público aos finais de semana, mas apenas na forma delivery. Além disso, o fechamento dos estabelecimentos durante a semana acontece até as 21h, de acordo com a última atualização do decreto estadual.
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