Um dos líderes da greve dos caminhoneiros, em 2018, que abalou a economia do país, o caminhoneiro Wanderlei Alves, criticou o atual governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Após passar problemas de saúde, além da queda nas demandas e do preço do frete em meio a pandemia de covid-19, Dedeco viu seus três caminhões serem tomados por atrasar o pagamento e deixou a profissão depois de 27 anos. As informações foram publicadas pela BBC News, nesta terça-feira (26).

“Esse é o pior governo que o Brasil já teve em toda sua história. O Bolsonaro é incompetente. Ele sempre foi”, afirma. “Como deputado, ele sempre foi baixo clero e o povo não conhecia. O que lançaram nas redes sociais não foi o Bolsonaro, foi um personagem. O Bolsonaro de verdade está sendo apresentado agora. Não vale nada e nunca prestou”, disse Dedeco.

Para o ex-motorista, a greve convocada por parte da categoria para 1º de fevereiro não deverá acontecer, pois boa parte dos caminhoneiros segue uma visão “muito apaixonada ainda” por Bolsonaro. Na opinião de Dedeco, o anúncio da greve foi uma estratégia de alguns caminhoneiros para reabrir o diálogo com o governo.

Ainda segundo Dedeco, o fato de os caminhoneiros terem passado a ser incluídos entre os grupos prioritários para vacinação contra a covid-19, na sexta-feira (22), além do governo ter zerado o imposto de importação para pneus utilizados em transportes de cargas só demonstram que a pressão feita pela classe já surte efeito.