Economia


Novo tributo que substitui PIS e Cofins terá carga maior no PIB que os dois somados, diz jornal


Publicado 20 de outubro de 2020 às 11:44     Por Eduardo Costa     Foto Arquivo/Agência Brasil

O Ministério da Economia estima que o tributo proposto para substituir Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição sobre Bens e Serviços (Cofins) terá carga maior proporcionalmente ao Produto Interno Bruto (PIB) do que o recolhido pelos dois primeiros em 2019. O valor também seria maior do que a média dos cinco anos anteriores. A informação é do jornal Folha de São Paulo.

A arrecadação da nova Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) deve ficar em 4,38% do PIB de 2021 a 2023, com alíquota de 12% sobre bens e serviços, enquanto PIS e Cofins arrecadaram somados 4,15% do PIB em 2019. Em relação aos cinco anos anteriores, a soma é de 4,24%.

Os números comprometem o argumento do governo de não aumentar a carga tributária. Recentemente no Congresso Nacional, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou: “O presidente ganhou uma eleição, e a equipe chegou também, com uma promessa: nós não vamos aumentar os impostos. O povo brasileiro já paga impostos demais”.

Empresas e congressistas já fizeram reclamações, e o ministro já admitiu: “Com relação a essa metodologia, estamos totalmente abertos, vamos tornar transparente para quem quiser olhar. E, se for possível, por algum erro nosso, baixar para 10%, para 9%, para 8%, é o que nós queremos”.

Segundo o Ministério da Economia, “o modelo usado para desenhar a CBS “mantém a equivalência da carga tributária agregada do PIS/Cofins” em relação aos recolhimentos gerais. A proposta foi enviada no fim de julho à comissão mista da reforma tributária e não há previsão de votação na Câmara e no Senado. Ainda não há um consenso entre governo, parlamentares, estados e municípios.



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