Educação


Escolas reajustam mensalidades de 2021 em até 5% após ano de pandemia


Publicado 24 de novembro de 2020 às 14:39     Por Fernanda Sales     Foto Divulgação / Seduc

Após um ano escolar atípico por causa da pandemia da covid-19, as instituições abrem as matrículas para 2021 com reajustes que chegam a 5%, acima da inflação projetada pelo mercado para este ano, de 3,45%. Por conta das restrições sanitárias de distanciamento, as aulas estavam acontecendo de formato virtual e acarretou redução das mensalidades neste período, seja por negociação ou força de leis estaduais.

Segundo informações do jornal O Globo, além das incertezas sobre a retomada integral do ensino presencial, a crise econômica agravada pela covid-19 tem impactado o planejamento financeiro de famílias e escolas. Pesam nas contas das instituições investimentos em tecnologia, para oferecer o ensino a distância, e em infraestrutura, para atender às exigências sanitárias. Para o jornal, soma-se a isso, a necessidade de reajuste de funcionários e professores que, em 2020, não tiveram aumento salarial. Já do lado das famílias, em muitos casos houve perda de renda.

O vice-presidente do Sinepe-RJ, Luiz Henrique Mansur Barbosa, que representa os estabelecimentos de ensino privado, disse ao O Globo que a instabilidade econômica e o cenário ainda indefinido da pandemia dificultam a previsibilidade, o que se traduz em um ritmo lento de matrículas e rematrículas. “A situação é ainda mais crítica na educação infantil, que sofreu forte evasão este ano. Muitos pais ainda aguardam uma definição se, no ano que vem, as aulas presenciais voltarão ao normal”.

Investimento em bolsas
De acordo com a publicação, a presidente da Associação Nacional das Universidades Particulares (Anup), Elizabeth Guedes, afirmou que no ensino superior, os preços devem ficar estáveis em 2021. “Nas instituições menores, a evasão chega à casa dos 30%. Universidades de médio e pequeno porte estão se unindo para realizar vestibulares conjuntos e fazendo uma busca ativa de novos alunos. Quanto menor a instituição, maior o investimento em bolsas”, contou.

Segundo dados da Associação Brasileira das Mantenedoras do Ensino Superior (Abmes), 53% dos universitários foram beneficiados com algum tipo de desconto entre março e julho.

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