Política


Auditorias externas descartam irregularidade na votação eletrônica em 2020, diz TSE


Publicado 12 de janeiro de 2021 às 11:21     Por Fernanda Sales     Foto Tânia Rêgo / Agência Brasil

As auditorias externas realizadas durante as eleições municipais de 2020 comprovam que não foi identificada qualquer situação que comprometesse a “transparência e confiabilidade” da votação eletrônica, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nesta segunda-feira (11), o órgão emitiu documentos detalhando os procedimentos da votação paralela realizada no primeiro e no segundo turno das eleições.

Nos relatórios produzidos em cada estado, nos dois turnos, o TSE destaca que não foram encontradas irregularidades.

De acordo com o G1, o TSE acrescentou que as auditorias externas ocorreram nos tribunais regionais eleitorais (TRE) e foram feitas por uma empresa especializada, contratada por meio de licitação. O tribunal tem ressaltado que não há qualquer evidência ou indício de fraude no processo eletrônico de votação.

Ainda segundo a reportagem, o órgão afirmou que as urnas eletrônicas brasileiras são passíveis de auditoria e fiscalização por partidos políticos, Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil e outras instituições antes, durante e após o processo eleitoral.

O presidente do TSE, o ministro Luís Roberto Barroso também tem reafirmado que as urnas são imunes a ataques cibernéticos.

Para o tribunal, as auditorias externas são feitas com o objetivo de examinar e validar a organização, a condução e a conclusão dos trabalhos na chamada votação paralela. A votação paralela é um procedimento da Justiça Eleitoral que verifica os sistemas da urna eletrônica. O objetivo é comprovar que o voto digitado pelo eleitor é o mesmo que será computado e fará parte do Boletim de Urna (BU), documento emitido após o fim da votação.

Conforme explicou o TSE, a Comissão de Votação Paralela é composta por servidores dos TREs e presidida por um juiz eleitoral, e o trabalho ocorre no mesmo dia e hora das votações dos eleitores e tem a participação de partidos políticos, OAB, Ministério Público e cidadãos.

A auditoria externa atesta o trabalho dessas comissões. Analisam, por exemplo: formação; atuação dos servidores; e as conclusões às quais chegaram.

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