Justiça


Ex-presidente do Flamengo e mais 10 viram réus no caso do incêndio no Ninho do Urubu


Publicado 20 de janeiro de 2021 às 12:43     Por Eduardo Costa     Foto Reprodução/ESPN

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) aceitou a denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) e tornou 11 réus nas investigações do incêndio do Ninho do Urubu, que matou 10 adolescentes do Flamengo em fevereiro de 2019. Entre eles, está o ex-presidente do clube, Eduardo Bandeira de Mello.

Segundo a jornalista Gabriela Moreira, do portal GE.Globo, a denúncia havia sido feita pelo MP-RJ no último dia 15 de janeiro, e o ofício foi expedido por Marcelo Laguna Duque Estrada, juiz da 36ª Vara Criminal. Os 11 responderão por incêndio culposo (sem intenção de matar) que terminou em morte, e lesão corporal no caso dos três jovens sobreviventes.

Além de Eduardo Bandeira de Mello, também foram colocados como réus da antiga diretoria do Flamengo: Márcio Garotti, ex-diretor financeiro; Carlos Noval, ex-diretor da base e atual gerente de transição; Luis Felipe Pondé e Marcelo Sá, ex-engenheiros; e Marcus Vinicius Medeiros, ex-monitor do Flamengo.

Por fim, ainda estão como réus o técnico em refrigeração Edson Colman da Silva; e Claudia Pereira Rodrigues, Danilo da Silva Duarte, Fabio Hilário da Silva e Weslley Gimenes, todos da NHJ, empresa que forneceu os contêineres onde dormiam os garotos.

Pela previsão do Código Penal, segundo a matéria, é prevista apenas a prisão em regime aberto ou semiaberto, podendo variar entre um e seis anos de prisão. Os réus no caso não vão a júri popular, já que não foram denunciados por homicídio.

O incêndio aconteceu em 8 de fevereiro de 2019, quando um curto-circuito nas instalações onde dormiam jovens da base do Flamengo causou um incêndio. Dez deles morreram, incluindo um sergipano: Athila Paixão, de 14 anos. Todas as vítimas variavam entre 14 e 16 anos. Além deles, outros três conseguiram sobreviver.



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