Justiça


Assessor de Guedes é réu em ação que investiga rombo bilionário em fundo de pensão


Publicado 18 de janeiro de 2020 às 17:16     Por Dhenef Andrade     Foto Marcos Oliveira

O ex-ministro do Planejamento Esteves Colnago , atual assessor especial do ministro da Economia, Paulo Guedes, se tornou réu em denúncia apresentada ao juiz da 10ª Vara Federal de Brasília, Vallisney de Oliveira. Além de Colnago, outras 28 pessoas são apontadas como responsáveis por causarem prejuízo na gestão de fundos de pensão e vão responder a processo.

A investigação feita pelo Ministério Público Federal (MPF), através da operação Greenfield, aponta que gestores dos fundos Petros (Petrobras), Funcef (Caixa Econômica), Previ (Banco do Brasil) e Valia (Vale) de colaborem com investimentos irregulares da empresa Sete Brasil Participações.

De acordo com os Procuradores do MPF, a Sete Brasil, empresa encarregada de construir sondas para a exploração do pré-sal, conseguiu aportes por meio de um fundo de investimento específico com valores superiores a R$ 1 bilhão.
Durante a época da aprovação dos aportes, Colnago fazia parte do conselho deliberativo da Funcef. O prejuízo nos fundos de pensão chega a R$ 5,5 bilhões, conforme indica o Ministério Público.

“O MPF produziu e apresentou a este Juízo peça acusatória formalmente apta, acompanhada de vasto material probatório, contendo a descrição pormenorizada contra todos os denunciados (então dirigentes, conselheiros e responsáveis pelos investimentos no âmbito da Petros, Funcef, Previ e Valia), como incursos no delito de gestão temerária pela constituição e aportes ao FIP Sondas, entre os anos de 2011 e 2016″, afirmou Vallisney, na decisão. Acolhida a denúncia, os réus responderão por crime de gestão temerária, que prevê pena de reclusão de dois a oito anos.



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