Justiça


Gilmar Mendes tira da Lava-Jato do Rio investigação contra delegado


Publicado 27 de fevereiro de 2021 às 12:32     Por Fernanda Sales     Foto Nelson Júnior / STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, decidiu retirar a investigação da Lava-Jato do Rio contra delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro. O ministro determinou que a investigação seja encaminhada para a Justiça Estadual. De acordo com o jornal O Globo, o caso envolvia suspeitas de pagamento de propina do empresário Arthur Soares, o rei Arthur, a um delegado da Polícia Civil, Ângelo Ribeiro de Almeida Júnior, em troca de proteção em investigações.

Em sua decisão, Gilmar entendeu que o único elemento usado para justificar a competência do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio, era a delação, e que não havia relação dos fatos com a Lava-Jato do Rio. A reclamação foi protocolada pelo advogado do delegado, Rafael da Silva Faria.

“O suposto recebimento, pelo reclamante, de vantagem indevida de Arthur Soares, por intermédio de Danilo Botelho, não é suficiente para sustentar uma conexão com os fatos apurados pela Operação Titereiro não há envolvimento de agentes públicos, verbas federais ou qualquer vínculo com os delitos praticados na gestão do governo Cabral, dos quais se desdobrou a Operação Titereiro”, escreveu Gilmar Mendes.

Ainda de acordo com a publicação, o ministro fez críticas aos processos mantidos sob a competência de Bretas no Rio, apontando que não é possível determinar que os desdobramentos da Lava-Jato do Rio automaticamente teriam que ficar sob a alçada de Bretas.

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