Justiça


Justiça nega recurso e acusados pela morte de Marielle vão a júri popular


Publicado 09 de fevereiro de 2021 às 17:00     Por Redação AjuNews     Foto Reprodução / TV Globo

A Justiça do Rio de Janeiro negou, por unanimidade, o recurso das defesas dos ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio Vieira de Queiroz, presos há dois anos suspeitos de assassinar a ex-vereadora Marielle Franco e o motorista dela, Anderson Gomes. Com isso, os acusados vão a júri popular. As informações foram publicadas pelo Uol, nesta terça-feira (9).

Durante audiência, a magistrada Katya Maria de Paula Menezes Monnerat afirmou que “a prova oral colhida nos autos trouxe sérios e concretos indícios da participação ativa dos réus no crime. Foram inúmeros depoimentos que cabe ao júri popular analisar e decidir a procedência dos mesmos”.

Segundo a publicação, a defesa de Élcio de Queiroz argumentou que falta provas que liguem o ex-PM à morte de Marielle. Ronnie Lessa é apontado como o autor dos disparos contra a ex-vereadora e seu motorista. O advogado de Lessa, Bruno Castro, colocou em questão as evidências apresentadas pelo Ministério Público.

“A acusação não há prova e nem indícios de que Ronnie Lessa estivesse dentro daquele carro. Uma testemunha, que não foi ouvida em juízo, categoricamente afirmou que a pessoa que atirou contra o carro que estava a vereadora era uma pessoa negra”.

Já as advogadas que representavam as famílias de Marielle e Anderson afirmaram que as provas que foram apresentadas pelo Ministério Público e pela Delegacia de Homicídios da Capital são suficientes. “Provas periciais não deixam dúvidas sobre indícios de autoria. Acreditamos que deve ser mantida a decisão e que os recorrentes sejam julgados pelo júri”, argumentou Luciana Pivato, advogada que representa Mônica Benício, viúva de Marielle.



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