Política


Assomise critica descaso de Belivaldo com forças de segurança após sansão da lei que dá mais benefícios à DPE


Publicado 19 de janeiro de 2022 às 10:30     Por Dhenef Andrade e Peu Moraes     Foto Reprodução/ Assomise

O presidente da Associação de Militares de Sergipe (Assomise) e um dos representantes do Movimento Polícia Unida, Coronel Adriano Reis, criticou a gestão do governador Belivaldo Chagas (PSD) após sansão da lei que dá benefícios de R$ 2.400 a membros da Defensoria Pública de Sergipe (DPE-SE). Ao Ajunews, nesta quarta-feira (19), Reis afirmou que essa é mais uma prova do descaso do chefe do Executivo Estadual com os servidores da Segurança Pública.

“Ou seja ele privilegia outras categorias, outras classes que a gente não tem nada contra, no entanto, porque defensores terem agora, no apagar das luzes enquanto a Assembleia Legislativa já estava em recesso, ter essa lei aprovada?”, questiona o Coronel. “Ou seja, uma rapidez para que se conceda esse auxílio-saúde e auxílio-alimentação. Auxílio-saúde, inclusive, chegando até R$1.600 para quem tiver acima de 60 anos”.

De acordo com a Lei nº 8975, membros da Defensoria receberão mensalmente o valor de R$ 1.200 para despesas com alimentação. A discrepância do valor chama atenção em relação ao que é pago a militares de Sergipe. Atualmente eles recebem R$ 11 como ticket diário para comerem. Para o Coronel, a diferença no tratamento entre servidores é nítida.

“Ele tem que valorizar o servidor público, mas isso tem que ser feito de forma igualitária. Não se pode tratar servidor público de forma discriminatória. E é essa avaliação que o Movimento Polícia Unida faz. Temos que dar um basta na desvalorização da classe policia”, afirmou Reis, ao completar que a Operação Padrão, instalada na semana passada, deve ser fortalecida.

O Polícia Unida vem há um ano e meio em busca de diálogo com o governador para que seja pago o adicional de periculosidade das categorias militares. Além disso, a precarização do trabalho policial é outra demanda urgente da classe militar, conforme denuncia o Coronel.

“Nós sequer temos combustível. O delegado da Polícia Civil determinou o corte de 50% do cartão de abastecimento. Como é que você faz segurança pública quando você não tem combustível suficiente. É o que acontece. Aí é preciso fazer remanejamento. Você vê que se desloca valores pra outras coisas menos importantes”, finalizou.

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