Polícia


Jovem picado por naja sai do coma; polícia apreende 16 cobras


Publicado 10 de julho de 2020 às 08:42     Por Roberta Cesar     Foto Divulgação / Polícia Militar Ambiental-DF

O estudante de medicina veterinária Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkul, 22 anos, acordou do coma, de acordo com familiares e amigos. Ele está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Maria Auxiliadora, desde terça-feira (07), após ser picado por uma cobra naja (uma das mais venenosas). As informações foram divulgadas pelo Uol, nesta quinta-feira (9).

Segundo a publicação, a Polícia Civil do Distrito Federal (PC-DF) está investigando o caso como tráfico de animais. O estudante ainda respira com ajuda de aparelhos. A pedido dos familiares, o hospital não divulgou o boletim médico de Pedro Henrique. No entanto, a unidade hospitalar informou que o rapaz teve “uma leve melhora”, mas a situação dele ainda é grave.

De acordo com a reportagem, Pedro está com necrose no braço e lesões no coração, que foram causadas pelo veneno da cobra.

16 cobras apreendidas

A 14ª Delegacia de Polícia Civil, localizada em Gama, próximo ao Distrito Federal, está investigando o caso. De acordo com o delegado Ricardo Bispo, na casa do rapaz as equipes policiais encontraram objetos que indicam que no local havia uma criação de outras cobras.

Após uma denúncia, o Batalhão da Polícia Militar Ambiental do Distrito Federal (BPMA-DF) apreendeu 16 serpentes em uma fazenda em Taquara, em Planaltina, localizada a 73 km de distância de onde Pedro foi picado pela naja.

“Com o apoio do Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais], conseguimos confirmar que ele criava animais proibidos na casa dele. Após ouvirmos algumas pessoas, chegamos a um grupo de estudantes de veterinária de classe média para alta que tem interesse em estudar animais exóticos e, por isso, obtinha esses animais. Esse grupo tinha até um presidente”, explicou Ricardo.

Segundo o delegado, Pedro seria dono de todas as cobras. À reportagem, o major Elis Cunha do BPMA-DF contou que as serpentes estavam em caixas que estavam escondidas em uma baia de cavalo. O caseiro da fazenda revelou aos policiais que um amigo do estudante deixou as cobras um dia antes no local.

“O caseiro nos informou que o amigo do jovem que foi picado é conhecido do dono da fazenda. Ele apareceu ontem no local com as 16 caixas, disse que deixaria por lá e buscaria no dia seguinte. O caseiro também relatou que ele foi embora com uma cobra, possivelmente a naja que encontramos no shopping”, destacou.

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