Polícia


Mortos em operação da PC-SE em Pernambuco eram chefes de organização criminosa


Publicado 24 de janeiro de 2020 às 12:00     Por Anna Moser     Foto Divulgação / Polícia Civil

Os dois homens mortos durante operação da Polícia Civil sergipana, em Pernambuco, na quarta-feira (22), são acusados de chefiar uma organização criminosa de São Paulo, que mandavam carregamentos de armamentos e entorpecentes para Sergipe e Pernambuco. As informações foram divulgadas durante coletiva pela Secretaria de Segurança Pública (SSP), na sede do Departamento de Investigações sobre Narcóticos (DENARC), na manhã desta sexta-feira (24).

Segundo o delegado Osvaldo Resende, os sergipanos Adelvan Cardoso Oliveira e Aldevan Oliveira Cunha, conhecido como “Pretinha” ou “Sem Futuro” e que também usava uma identidade falsa com o nome de Djvan Luiz de Oliveira, foram mortos em troca de tiros com os policiais onde a dupla se escondia, em uma casa de praia no litoral pernambucano. Segundo investigações, eles lavariam dinheiro sujo na compra de imóveis.

Eles chegaram a ser socorridos, mas não resistiram aos ferimentos. Com a dupla a polícia encontrou e apreendeu uma pistola 9 mm, e um revólver calibre 38, além de um BMW X5, avaliada em mais de R$ 300 mil. Ainda segundo o delegado, os homens tinham uma extensa ficha criminal. Eles também são acusados de envolvimento em roubo de carga, homicídios, corrupção, agiotagem e fraudes a licitação.

“Para se ter ideia do poder econômico da organização, no ano de 2013, policiais civis sergipanos chegaram a apreender um caminhão com produtos roubados avaliados em mais de R$ 1.5 milhões. “Eles agem há pelo menos 10 anos e movimentavam milhões de reais em atividades ilícitas. Outra carga desta organização foi apreendida em 2018, pela Polícia Rodoviária Federal, e na época foi avaliada em mais de R$ 1 milhão”, relata o delegado.

Toda operação em solo pernambucano contou com apoio da Polícia Rodoviária Federal e de policiais do Centro Integrado de Inteligência da Secretaria de Defesa Social (CIIDS/SDS) e da Delegacia Seccional de Palmares. No mesmo instante, policiais civis da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE) da Polícia Civil de Sergipe foram até a casa de Adelvan, na cidade de Itú, interior de São Paulo.

O local é uma verdadeira fortaleza com muro de vários metros de altura e arame farpado, câmeras de segurança por todos os lados e passagem controlada. Todo o monitoramento do local foi feito por drones e o trabalho dos policiais civis sergipanos contou com apoio de policiais paulistas do Grupo Armado de Repressão a Roubos (GARRA) e Grupo Especial de Repressão (GER) do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (DOPE).

No local, foram apreendidos documentos, notebooks e demais dispositivos eletrônicos, que servirão de prova no encerramento do inquérito policial.

Operação Anúbis
A Operação Anúbis, deflagrada na quarta. é um desdobramento de uma outra operação ocorrida no Estado de Goiás em julho deste ano. Na época, parte da organização de Adelvan foi presa e transferida para Sergipe.

De acordo com o delegado Osvaldo Resende, aquela operação feita no Centro-Oeste do país, angariou várias provas da existência de uma organização criminosa. “Adelvan montou uma base em São Paulo e de lá mandava drogas, armas pesadas e cargas roubadas para Sergipe e várias partes do país”, destacou o delegado.

Para se ter ideia do poderio econômico da organização, no ano de 2013, policiais civis sergipanos chegaram a apreender um caminhão com produtos roubados avaliados em mais de R$ 1.5 milhões. “Eles agem há pelo menos 10 anos e movimentavam milhões de reais em atividades ilícitas. Outra carga desta organização foi apreendida em 2018, pela Polícia Rodoviária Federal, e na época foi avaliada em mais de R$ 1 milhão”.



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