Políticos sergipanos comentaram sobre a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF) a respeito da suposta fraude na dispensa de licitação do Hospital de Campanha de Aracaju, divulgada pelo AjuNews, nesta quinta-feira (16). O senador Alessandro Vieira (Cidadania), inclusive, afirmou que o caso será enviado para a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19, que investiga possíveis omissões dos governos no combate à pandemia.

Na denúncia, o MPF aponta para a existência de uma associação entre agentes públicos e particulares com o intuito de fraudar a licitação do Hospital. A unidade foi inaugurada em maio de 2020, durante um dos picos da primeira onda da pandemia, e sua desmontagem começou no dia 18 de outubro do mesmo ano.

A investigação divulgou capturas de tela de conversas entre agentes públicos e particulares através de aplicativos de mensagens, que tinham o intuito de fraudar o processo de Dispensa de Licitação nº 28/20209, da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) da capital, com o contrato firmado entre a empresa Téo Santana – José Teófilo de Santana Neto Produções e Eventos e a pasta da saúde Municipal, para a montagem da unidade hospitalar.

Após a divulgação da denúncia, a delegada Danielle Garcia (Podemos) lembrou que o caso já havia sido investigado pelo Ministério Público de Sergipe (MP-SE) e não foi encontrada nenhuma evidência de irregularidades. Em seu Instagram, ela publicou uma captura de tela em que um dos acusados comemora o resultado das investigações. “Que sorte a nossa termos uma Polícia Federal e um Ministério Público Federal atuantes e rigorosos!”, disse ela.

O deputado estadual Dr. Samuel Carvalho (Cidadania) cobrou punição para os envolvidos e questionou se não há mais pessoas fazendo parte do conluio. “Quem nomeou os servidores envolvidos? Eles fizeram essa maracutaia a mando de quem? Afinal de contas, quem é que manda? Quanto eles queriam lucrar com tudo isso? A luta contra a Covid não passou de fachada para uma farra com o dinheiro público”, disse o parlamentar.

O presidente do PSB em Sergipe, Valadares Filho, também defendeu em suas redes sociais que os acusados sejam culpados pelo suposto caso de desvio de dinheiro. O dano causado aos cofres públicos é estimado em R$ 777,2 mil.

Já os vereadores da oposição, Sheyla Galba e Ricardo Marques, do Cidadania, cobraram um posicionamento do prefeito da capital, Edvaldo Nogueira (PDT). “Edvaldo precisa dizer ao povo aracajuano como tudo isso aconteceu com recursos federais, com dinheiro para combater a pandemia, debaixo das barbas do prefeito. É uma vergonha tudo isso que está acontecendo”, criticou Sheyla.

De acordo com o documento, participaram do conluio: gerente de projetos da SMS, Karla Feitoza Araújo; coordenadora da Infraestrutura da SMS, Carla Christine Fernandes; coordenador do Centro de Compras e Licitações, Rossini Espínola Santos; consultor técnico administrativo da SMS, Adriano Nogueira Batista; representante da Téo Santana Produções e Eventos, José Teófilo de Santana Neto; um representante da Viva Comunicação e Produções Eireli e um representante da Inmidia Propaganda Ltda. – Central do Sucesso.

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