Política


Após denúncia de vereador sobre suposto superfaturamento na compra de máscara, prefeitura de São Cristóvão fica em silêncio


Publicado 02 de junho de 2021 às 06:30     Por Peu Moraes     Foto Divulgação / Prefeitura de São Cristóvão

O vereador de São Cristóvão, na Grande Aracaju, Neto Batalha (PP) denunciou um suposto superfaturamento na compra de máscaras feita pela prefeitura. De acordo com o parlamentar, a gestão municipal adquiriu materiais de combate e enfrentamento à pandemia do novo coronavírus (covid-19) com preço supostamente em até seis vezes maior que a média de mercado.

Conforme o edi, as compras aconteceram em maio de 2020 e representam prejuízo de R$ 76.910 mil aos cofres públicos da cidade. “Fiquei surpreso com os valores e realizei pesquisas de mercado comparando o preço destes produtos adquiridos no mesmo período por outras prefeituras em Sergipe. No fim da apuração, o resultado revelou o que eu já desconfiava: São Cristóvão desperdiçou dinheiro público”, denunciou Neto Batalha em entrevista à rádio Liberdade.

Outro item denunciado por Neto foi a compra de máscara, segundo o parlamentar, foram compradas 300 unidades pela prefeitura por R$ 32,00 cada unidade, totalizando R$ 9.600,00. Ainda o denunciante, o mesmo produto foi encontrado por R$ 5,30, quase seis vezes o valor gasto pela prefeitura.

O parlamentar informou que apresentou a denúncia com diversos documentos comprobatórios no Tribunal de Contas da União e ainda hoje vai à sede da Polícia Federal para que haja a devida investigação. “A noite também vou expor com detalhes os dados, a pesquisa e todas as informações coletadas na Câmara de Vereadores de São Cristóvão. Vamos ver o que colegas acham”, ressaltou.

Em nota ao AjuNews, a secretaria de Comunicação de São Cristóvão, afirmou que vai se pronunciar quando a “investigação” se tornar objeto de análise da câmara de vereadores ou dos órgãos de controle. “A prefeitura de São Cristóvão só vai se pronunciar quando a “investigação” se tornar objeto de análise da câmara de vereadores ou dos órgãos de controle. Qualquer alteração nesta decisão a imprensa será informada”, diz posicionamento.

No mês de maio de 2020, a Câmara Municipal de São Cristóvão, arquivou o pedido de abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar supostas irregularidades nos contratos firmados entre a prefeitura e empresas terceirizadas prestadoras de serviços no município. Para justificar o arquivamento, o presidente da Casa Legislativa, à época, Paulo Junior (PSL), leu o parecer da assessoria jurídica da Câmara que considerou as razões apontadas para a instalação da CPI como insuficientes, além de ferir a Lei Orgânica do Município e o regimento interno da Câmara.

Em junho do mesmo ano, os vereadores voltaram a pedir abertura de uma CPI, agora para investigar possíveis irregularidades na contratação da empresa Pau Viola Produções Artísticas, feita pela prefeitura do município para realização do Festival de Artes de São Cristóvão.

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