O presidente do DEM, ACM Neto, afirmou que o partido é alvo de um ataque especulativo de políticos que estão antecipando, de forma inadequada, os debates eleitorais de 2022, devido ao atual cenário de pandemia.

“Agora não é hora de ficar falando de mudança de partido, de pré-candidatura, em disputa de 2022. O momento é de superação da pandemia, de salvar vidas e recuperar a economia”, declarou ACM Neto durante entrevista neste sábado (8) à coluna Painel, da Folha de São Paulo.

De acordo com a publicação, políticos falam em crise de identidade do DEM. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, migrou para o PSD, mesmo caminho que pode ser tomado pelo deputado Rodrigo Maia (RJ). Além deles, o vice-governador de SP, Rodrigo Garcia (SP), deve ir para o PSDB.

ACM diz que a posição relevante da legenda na política nacional “desperta inveja e interesse de diversos setores de gerar desgaste no partido”. Para ele, “só quem é grande e forte incomoda. E está muito claro que o DEM está incomodando”.

“Não é o primeiro ataque especulativo que sofremos. No passado, sobrevivemos a uma certeza. Quero lembrar: o PT disse que iria acabar com o DEM. Não acabou. Passamos por tudo isso porque temos coerência, princípios, bandeiras claras e quadros”, explicou, lembrando que o DEM foi o partido que mais cresceu, em números absolutos, na comparação entre as eleições de 2020 e 2016.

O ex-prefeito de Salvador disse ainda que não existe veto a respeito de discussão que nem começou no partido. Mas diz que, o DEM não cogita apoiar nem Lula nem Bolsonaro. “Se existem partidos no Brasil que podem apoiar qualquer um, nesse rol não nos incluímos. Não vou apontar o dedo nem julgo ninguém, mas se algum partido cogita apoiar de Lula a Bolsonaro, algum problema esse partido tem”, afirmou ACM ao Painel.

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