Política


Família Bolsonaro lidera ranking de ataques à imprensa no Brasil em 2020, indica relatório


Publicado 25 de janeiro de 2021 às 17:00     Por Roberta Cesar     Foto Divulgação

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), seus filhos, além do vice, Hamilton Mourão, ministros e também assessores ligados à secretaria de Comunicação fizeram 580 ofensas a profissionais da imprensa no país no ano passado, de acordo com um levantamento realizado pela organização internacional Repórteres sem Fronteiras. A família Bolsonaro aparece nas principais posições do ranking, com 85% das ofensas. As informações foram publicadas pelo O Globo, nesta segunda-feira (25).

Segundo os dados, o líder da pesquisa é o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), com 208 casos, seguido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), com 103; pelo vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos), com 89, e pelo senador Flávio Bolsonaro (Republicanos – RJ), com 69.

Conforme destacou a entidade, as redes sociais foram uma das principais armas utilizadas para ofender a imprensa. Com isso, 85% das agressões foram realizadas através do Twitter, por meio de republicações ou agressões de autoria própria.

“Até o momento, nada indica que o” sistema Bolsonaro “vá interromper sua lógica de execução e sua operação orquestrada para desacreditar a mídia. O desafio para a imprensa brasileira é imenso. O caminho para enfrentá-lo aponta na direção da coragem e da resiliência, para seguir levando informações ao público e, assim, recuperar a confiança no jornalismo de qualidade ”, afirma o relatório.

Ainda de acordo com o relatório, o Palácio do Alvorada, residência oficial do presidente da República, em Brasília, “se tornou símbolo da sua hostilidade aos jornalistas”.



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