Política


Mourão admite atraso no combate ao desmatamento na Amazônia após queimadas na região baterem novo recorde


Publicado 10 de julho de 2020 às 19:11     Por Dhenef Andrade     Foto Romério Cunha / VPR

O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão (PRFT-DF), admitiu, nesta sexta-feira (10), que houve atraso do governo federal no combate ao desmatamento na Amazônia. A declaração acontece no mesmo dia em que o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou que o desmatamento no primeiro semestre foi o maior em 10 anos.

De acordo com a reportagem do site Metropóles, Mourão afirmou que ações de combate deveriam ter sido colocadas em prática no mês de dezembro do ano passado. “Começou tarde, lógico. O começo em maio vai nos dar uma melhor situação em relação a queimadas, mas não em relação ao desmatamento”, disse.

O general, que também é presidente do Conselho da Amazônia, órgão responsável pela coordenação e acompanhamento da implementação das políticas públicas voltadas para área, reafirmou que o governo precisa encontrar soluções permanentes para a fiscalização da floresta.

“O Ibama hoje tem 300 fiscais, como você vai operar com 300? E os fiscais não estão na Amazônia. Vamos lembrar que tem o cara que está em Abrolhos, tem o outro que está no parque de Aparados da Serra, outro em Foz do Iguaçu… a gente precisa contratar gente”, afirmou.

Ainda nesta sexta, Mourão participou de videoconferência com investidores brasileiros, que cobravam uma resposta à situação para não perderem investimentos externos. Na quinta-feira (9), ele conversou com empresários estrangeiros e prometeu ações.

Segundo dados do Inpe, mais de 3 mil km² de floresta foram perdidos entre janeiro e junho de 2020, o equivalente a uma extensão duas vezes maior do que a cidade de São Paulo.



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