Política


Prefeito de Laranjeiras diz que encontrou cidade com 1.500 funcionários e R$ 50 milhões em dívidas


Publicado 26 de janeiro de 2021 às 08:29     Por Eduardo Costa     Foto Fernanda Sales/AjuNews

O prefeito de Laranjeiras, Juca Bala (MDB), afirmou que encontrou a gestão ao tomar posse em 1º de janeiro com 1.500 funcionários e R$ 50 milhões em dívidas. Segundo o gestor, o município do Leste sergipano não tem mais capacidade de investimento, uma vez que a receita está sendo destinada ao pagamento das despesas.

Em entrevista à rádio Rio FM nesta terça-feira (26), Juca culpou o antigo gestor, Paulinho das Varzinhas (DEM). “A dívida gira em mais de R$ 50 milhões. Para se ter uma ideia, a cidade não tem mais capacidade de investimento. A receita líquida é apenas para o pagamento das despesas”, disse ele.

“Me resta a boa vontade dos nossos parceiros, como o governador [Belivaldo Chagas] e a bancada federal, para realizarmos nosso planejamento estratégico. Imagine se temos disponibilidade para arcar com tudo isso deixado pela gestão anterior”, acrescentou, pedindo ajuda aos deputados federais e gestores sergipanos.

Juca de Bala também disse que a receita da cidade gira aproximadamente em R$ 7 milhões, e que a saída da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen) da cidade afetou diretamente as finanças. O gestor detalhou que o município tem aproximadamente 1.500 funcionários apenas entre os efetivos na gestão, que teriam sido contratados pela gestão anterior enquanto haviam recursos.

“A receita gira em R$ 7 milhões líquidos. Tivemos uma grande perda com a saída da Fafen. Temos uma folha de pagamento com encargos que gira em R$ 5,5 milhões. Temos cerca de 1.500 funcionários efetivos. Quando se tinha muito, gerou despesa naquele patamar. Mas não se demite facilmente funcionários efetivos”, pontuou.

“O 13º salário e a folha de dezembro estão abertas. Temos salários altos, uma folha com anos de crescimento vertical acelerado. O prefeito anterior deu calote no servidor, e consequentemente em todo o povo de Laranjeiras”, adicionou.

Ainda em relação à Fafen, Juca exaltou a retomada dos trabalhos no local agora em janeiro, após o acordo fechado pela Petrobras com a empresa Proquigel Química. “A gente espera que, financeiramente, retorne o que perdemos. O peso não é a curto prazo, mas esperamos o ICMS daqui a dois anos tenha esse impacto maior”, completou.

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