Política


Professor Bittencourt se cala diante da possibilidade de fim da função de cobradores nos coletivos de Aracaju


Publicado 17 de setembro de 2021 às 16:15     Por Dhenef Andrade e Peu Moraes     Foto Assessoria parlamentar

O presidente municipal do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), e líder do Governo na Câmara Municipal de Aracaju (CMA), Professor Bittencourt preferiu o silêncio mais uma vez após ser questionou sobre o projeto de Lei (PL) que prevê possível extinção da função de cobrador no transporte público da capital sergipana. Por meio de sua assessoria, nesta quinta-feira (16), o comunista afirmou que vai emitir opinião sobre o PL 139/2021, que institui a bilhetagem eletrônica como única forma de pagamento da tarifa do transporte coletivo da Grande Aracaju, quando a pauta for apreciada no plenário da Casa Legislativa. A proposta de autoria do vereador Vinícius Porto (PDT), ameaça a presença de cobradores nos ônibus que rodam na Grande Aracaju.

“Por hora, o projeto está em tramitação e estou estudando o mesmo”, completou o líder do prefeito Edvaldo Nogueira (PDT) na Casa. O texto, proposta pelo vice-presidente da CMA, o vereador Vinícius Porto (PDT), era para ter sido apreciado pelos parlamentares na quinta (16), mas foi retirado a pedido do autor.

A proposta é curta, com sete artigos e duas páginas, e foca apenas na mudança da forma de pagamento da tarifa. Não há menção de dispositivos para contornar a crise dos trabalhadores rodoviários envolvidos. As polêmicas envolvendo a PL reside no fato de que com o meio eletrônico sendo a única forma de pagamento a função do cobrador seria dispensada tendo em vista que o recebimento de dinheiro das passagens fundamenta sua presença nos veículos.

A função, no entanto, já vem sendo apagada, em especial, com a chegada da crise sanitária do novo coronavírus (covid-19), que apenas em Sergipe, matou mais de 6 mil. Como justificativa para pautar o projeto, Porto insere que a diminuição do risco de contágio, diante da crise sanitária, e a modernização da forma de pagamento trará benefícios para os usuários.

Assim como é contraditório um parlamentar do PDT propor pautas que proporcionam, implicitamente, o desemprego de uma categoria, o silêncio momentâneo de um representante legislativo do Partido Comunista também é, no mínimo, estranho.

O silêncio de Bittencourt também esteve presente na proposta da renda mínima em Aracaju, que previa um auxílio a famílias carentes em meio à crise gerada na pandemia. O projeto de autoria da vereadora Professora Ângela Melo (PT), foi protocolado, em janeiro de 2021, na CMA, mas até abril não teve apoio da bancada de situação. Com o envio de proposta semelhante no mesmo mês pelo prefeito Edvaldo, nomeada de Auxílio Municipal Emergencial (AME), houve a manifestação do parlamentar.

Em outra situação, o vereador também manteve o mesmo posicionamento no PL de autoria da vereadora Linda Brasil (PSOL), que propôs o dia 6 de janeiro como “Dia da Visibilidade Trans” como forma de conscientização da população para o respeito a pessoa Trans. O projeto foi arquivado.

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