A Vale é acusada pelo ex-procurador-geral Rodrigo Janot de usar documentos falsos para obter um financiamento, ocupando de forma indevida terras de família usadas para mineração na cidade de Itabirito, no Estado Minas Gerais. As informações são do UOL.

De acordo com a reportagem a Vale negou as afirmações. No entanto, Janot afirmou que a empresa teria “esbulhado” o imóvel. “O contexto revela tudo. A Vale ocupa o terreno inteiro. Essa é a forma de a Vale agir”, afirmou.

A família Morgan é dona das terras em Itabirito (MG), localizado no quadrilátero ferrífero, numa área de exploração de ferro e produção de aço. Segundo os três advogados da família em 2006 a Vale adquiriu apenas 9%,de uma propriedade onde fica a Mina do Pico.

Ainda segundo os advogados, a empresa ocupou todo o território, inclusive a parte da família Morgan, “Deu início a uma obra que atingiu imensa extensão da propriedade para viabilizar, em seu único favor, a extração de minério na mina do Pico”, afirmaram Janot, Louzada e Pedrosa.

Em 2011, a família conseguiu a ordem para conseguir suas terras de volta. No ano seguinte a Justiça autorizou a Vale a ter o direito de continuar com as obras. Já em 2013, após terminarem as obras, pediram uma licença ambiental e apresentaram um documento que afirmava ser dona das terras.

“Na verdade, pelas coordenadas informadas, tratava-se de propriedade distinta. E mais. A Vale era titular de somente 1/11 do imóvel onde realizara indevidamente a obra”, afirmaram Janot e os demais advogados na representação.

Questionada se foi notificada em fevereiro de 2019, a assessoria da empresa disse “não foi notificada e desconhece tal representação”. A representação não foi enviada à empresa, mas à Promotoria.