O sarampo matou 207.500 pessoas, em 2019, o equivalente a um aumento de quase 50% em relação a 2016, segundo dados de um relatório feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em parceria com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos.

No Brasil, a campanha de vacinação contra a doença atingiu 95% de cobertura vacinal em crianças de até um ano, no ano passado, de acordo com o Ministério da Saúde. No entanto, foram registrados 18.203 casos da doença e 15 mortes, o maior número registrado em 23 anos. Já neste ano, foram confirmados 7.718 casos de contaminação pelo vírus e cinco mortes, até agosto.

“Nós sabemos como prevenir surtos e mortes de sarampo. Esses dados enviam uma mensagem clara de que não estamos conseguindo proteger as crianças do sarampo em todas as regiões do mundo. Devemos trabalhar coletivamente para apoiar os países e impedir este vírus mortal”, alertou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Ainda segundo o relatório divulgado pela OMS, o Brasil foi um dos países que continuou fazendo campanhas de vacinação, mesmo em meio à pandemia. Porém, o Programa Nacional de Imunização aponta que, até setembro deste ano, ao menos metade das crianças não recebeu todas as vacinas necessárias. Os especialistas temem que a situação piore devido a pandemia, ainda mais pelo sarampo ser mais contagioso que a própria covid-19.

Em Aracaju, a Campanha de Multivacinação encerrou na última sexta-feira (13). De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), a vacina contra a Poliomielite (paralisia infantil), teve como público-alvo crianças de um ano a menor de cinco anos. Já a campanha contra o sarampo, foi voltada para as pessoas de 20 a 49 anos.

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