Saúde


Sergipe participa de webconferência com Ministério da Saúde sobre coronavírus


Publicado 30 de janeiro de 2020 às 16:23     Por Larissa Barros     Foto Divulgação / Governo de Sergipe

O Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), participou de uma webconferência na qual foram discutidas estratégias de prevenção, protocolos clínicos e hospitalares de atendimento, e o último boletim epidemiológico sobre o coronavírus (2019–nCoV), na tarde desta quarta-feira (29).

Segundo a pasta, a classificação de risco de coronavírus no Brasil passou do nível 1 (alerta), para o nível 2, que significa perigo iminente no país, de acordo com o Ministério da Saúde, na última terça-feira (28). O nível 3, Emergência em Saúde Pública, o mais alto, só será ativado se algum caso suspeito for confirmado.

De acordo com a diretora de Vigilância em Saúde, Mércia Feitosa, representaram o estado de Sergipe, os técnicos da Rede de Urgência e Emergência, da Vigilância Epidemiológica, da Vigilância Sanitária, o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), técnicos do Hospital de Urgência (Huse), do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) e do Núcleo de Segurança do Paciente.

Mércia afirmou que a oportunidade serviu para definirem ações, entre elas uma Nota Técnica que “vai orientar todos os profissionais da Rede Hospitalar em consonância com as orientações e o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde”.

No Brasil 33 casos foram notificados, em seis estados. Destes, nove foram considerados suspeitos, quatro descartados e 20 excluídos. Dados atuais divulgados pelo Ministério da Saúde, mostram que a China já registrou 9.239 casos suspeitos, 5.997 confirmados e 132 mortes, pelo Coronavírus. A cidade chinesa de Wuhan é considerada o epicentro da doença.

Transmissão

O tempo de vida do vírus no ambiente é de 24 horas e o tempo de incubação ainda é incerto. É possível que haja transmissão mesmo antes do aparecimento dos sintomas. Essa situação ainda está em estudo.

A transmissão acontece de pessoa para pessoa, através do ar, por meio de gotículas de saliva, tosse, espirro, catarro, toque ou aperto de mão e contato com objetos ou superfícies contaminadas. O risco maior é para os idosos por apresentarem uma saúde mais frágil e imunidade baixa.

Sintomas

Os sintomas são febre alta, tosse, dores musculares, falta de ar e secreção na garganta. Aqueles que apresentarem febre, um dos sintomas respiratórios e histórico de viagem recente para o local de transmissão, ou entrado em contato com alguém que esteve na China, nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais, são considerados casos suspeitos e devem procurar uma Unidade de Saúde com urgência.

A terceira situação é apresentar febre ou pelo menos um sintoma respiratório e contato próximo de caso confirmado de coronavírus em laboratório.

Esses pacientes devem usar máscara cirúrgica, serem colocados em observação de forma isolada, a chamada quarentena, até que a suspeita seja descartada ou confirmada, para evitar, assim, a propagação do vírus e, consequentemente, a contaminação de mais pessoas.

Diagnóstico

O diagnóstico dos coronavírus é essencialmente clínico, com avaliação do profissional de saúde e análise dos sintomas. Para confirmar a presença do vírus no organismo, são realizados exames de sangue, fezes e/ou secreções nasais, por meio de testes sorológicos que medem a proteína C reativa (PCR) e cultura viral. Em casos mais graves o paciente é internado e os exames são feitos de acordo com a situação de cada caso.

Tratamento

Para infecções causadas por coronavírus humano não há tratamento específico. No entanto, para alívio dos sintomas, recomenda-se o uso de medicamento para dor e febre como antitérmicos e analgésicos, umidificador no quarto ou banho quente para auxiliar no alívio da dor de garganta e tosse, ingestão de líquidos e repouso.

IMPORTANTE: Não se automedicar e, em caso de suspeita dos tipos MERS ou SARS, procurar um médico imediatamente.

Prevenção

O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o novo coronavírus. Entre as medidas estão: evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas; realizar lavagem frequente das mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente; utilizar lenço descartável para higiene nasal; cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir; evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca; higienizar as mãos após tossir ou espirrar; não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas; manter os ambientes bem ventilados; evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença; evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações.

Os profissionais de saúde devem utilizar as medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas com o uso de máscara cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção.



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