Saúde


Sergipe registra média de 300 novos casos de AIDS por ano


Publicado 22 de fevereiro de 2021 às 13:48     Por Redação AjuNews     Foto Arquivo / Assembleia Legislativa de Sergipe

Sergipe vem registrando uma média de 300 novos casos de AIDS por ano, de acordo com dados do coordenador do Programa DST/AIDS da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Dr. Almir Santana. O assunto foi citado pela deputada Maria Mendonça (PSDB), fazendo um alerta com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), mostrando que em 10 anos os casos de HIV também tiveram um aumento e dobraram entre os brasileiros de 20 a 24 anos, afetando também a população com mais de 60 anos.

“Fiquei apavorada ao ler o Boletim Epidemiológico HIV/AIDS 2020, com os dados consolidados do ano de 2019, pois apontam para cerca de 920 mil brasileiros com HIV. Desses infectados, 89% foram diagnosticadas com a doença; 77% fazem tratamento com antirretroviral e 94% deles estão em tratamento e não transmitem o HIV por via sexual, por terem atingido carga viral indetectável”, alerta a parlamentar, defendendo mais ações voltadas para os jovens e os idosos.

Segundo o médico Almir Santana, com a pandemia do novo coronavírus, muita gente deixou de procurar as unidades de saúde para fazer exames de detecção tanto de HIV quanto de AIDS. “As pessoas com HIV são aquelas que fazem o teste e o resultado dá reagente (positivo), mas são assintomáticas. De 1987 até fevereiro de 2021, tivemos confirmados 3.029 casos, o que confirma o crescimento do número de pessoas com HIV. Já em pessoas com AIDS, ou seja, aquelas que já têm sintomas e manifestações da doença, o número chegou a 5.541, até agora”, informa.

Os exames podem ser feitos em todas as unidades de saúde da capital e do interior. “Já o tratamento específico somente é feito no Centro de Especialidades Médicas de Aracaju (CEMAR), localizado à rua Bahia no bairro Siqueira Campos. Estamos lutando para que o serviço possa ser descentralizado para que possa chegar aos municípios de grande porte a exemplo de Itabaiana e Lagarto”, acrescenta o médico.

Para Dr. Almir, a questão da AIDS precisa ser discutida também no ambiente familiar. “Discutir sobre a AIDS não é só falar de camisinha. É falar também sobre sexualidade saudável, cuidar da saúde e sobre as novas formas de prevenção ao HIV. É falar que a epidemia do HIV existe e que qualquer pessoa pode se infectar. É falar do impacto do HIV na família. Quando o tema da AIDS não é conversado, o diagnóstico de soropositivo em um membro pega todos de surpresa. Os casos de HIV aumentam nas famílias, acometendo mães, pais e filhos”, finalizou.

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