A assinatura de sete eleitores mortos foram identificados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na lista de apoios apresentada pelo Aliança pelo Brasil, partido que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tenta criar após saída do PSL. A informação foi publicada pelo jornal Estado de S. Paulo, na quarta-feira (4).

A tesoureira da sigla, a advogada Karina Kufa, disse que pediu uma verificação interna e que, em pelo menos um desses casos, foi constatado que o apoiador assinou a lista em 26 de janeiro e morreu em 22 de fevereiro. A intenção do grupo político encabeçado por Bolsonaro era obter o registro até este mês, a tempo de disputar as eleições municipais de outubro. Com as irregularidades apresentadas pelo TSE, o partido desistiu de candidaturas.

Para aprovação do registro do partido, e assim poder disputar eleições, o Aliança precisa coletar a assinatura de 491,9 mil eleitores, que devem ter firmas reconhecidas em cartório. Desse total, o partido apresentou mais de 80 mil fichas assinadas ao TSE, mas, segundo o balanço mais recente, apenas 6.605 foram aprovadas, o que representa menos de 2% do necessário. Outras 13,7 mil foram rejeitadas pelos técnicos da Corte, incluindo a dos sete apontados como mortos. O restante das assinaturas segue sob análise do TSE.