Um advogado sergipano foi preso por suspeita de participar de uma organização criminosa que atuava em fraudes milionárias em processos judiciais, na Bahia, durante a Operação Inventário, deflagrada pelo Grupo de Apoio Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público de Sergipe (MP-SE), no fim da tarde desta terça-feira (7).

O advogado, que não teve seu nome divulgado, recebeu voz de prisão em sua casa, no bairro Jardins, Zona Sul de Aracaju. Ele foi levado para o Instituto de Medicina Legal (IML) onde passou por exame de corpo de delito e logo depois, foi conduzido para o Presídio Militar de Sergipe (PRESMIL) no Bairro Getúlio Vargas.

Ao todo, a operação já cumpriu oito mandados de prisão preventiva decretados pela 1ª Vara Criminal de Paulo Afonso. Outras três pessoas foram presas durante a terceira fase da operação, mais dois advogados na Bahia e um juiz aposentado.

Segundo as denúncias oferecidas pelo Gaeco e já recebidas pela Justiça, um dos principais responsáveis na Orcrim por forjar alvarás de inventário fraudulentos movimentou mais de R$ 50 milhões em renda descoberta, ou seja, em recursos não declarados.

As investigações apontam que parte do valor foi repassada por meio do uso de “laranjas” e, inclusive, destinada para compra de imóveis de luxo na Flórida, nos Estados Unidos, avaliados em mais de R$ 5 milhões. Durante as apurações, foram identificados diversos saques em espécie em valor acima de R$ 100 mil.