Política

MP ouve testemunhas no caso de suposta rachadinha no gabinete de Dr. Samuel Carvalho

Publicado 20 de julho de 2022 às 06:30 Por Dhenef Andrade e Peu Moraes Foto Reprodução / Alese

O Ministério Público de Sergipe (MP-SE) começou a ouvir testemunhas no processo que investiga um suposto esquema de rachadinha no gabinete do deputado estadual Dr. Samuel Carvalho (Cidadania) na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese). A informação foi confirmada ao AjuNews por pessoas que foram intimadas pelo órgão fiscalizador, nesta terça-feira (20).

Gildete Dias Menezes, ex-servidora do gabinete do deputado, foi ouvida pelo MP-SE ainda no fim do ano passado. Desde que o fato veio à tona, a ex-servidora relatou ameaças de morte e um boletim de ocorrência foi registrado em janeiro deste ano. Já o deputado nega o suposto esquema e chegou a afirmar que se comprovado o caso pedirá renúncia do mandato. Samuel tenta a reeleição neste ano.

A denúncia foi feita em outubro de 2021, quando a reportagem teve acesso com exclusividade ao áudio da denunciante. No áudio, Gildete conversa com o chefe de gabinete do parlamentar pelo Cidadania, José Carlos Almeida, logo após saber da sua exoneração do cargo de assessor técnico-operacional, que ocupava no gabinete da presidência da Casa Legislativa.

Na conversa, Gildete Menezes afirma que a esposa de Doutor Samuel Carvalho, Adriana Menezes, ficava com parte significativa do salário pago pela Alese. O chefe de gabinete, José Carlos Almeida também confirma que teve que intervir no pedido de exoneração de outra servidora chamada Maria Alcileide Costa da Silva, conhecida como Leda. “Você sabe, né? É… que ela [Adriana Menezes] pega o dinheiro de todo, né? Rapaz, Leda [Maria Alcileide Costa da Silva], eu falei com Leda agora, ela disse que o motorista vai todo mês “panhar” o dinheiro. Se ela tá com auxílio emergencial?” afirmou Gildete em um trecho.