O médico Gilmar Calazans Lima, que morreu após uso de hidroxicloriquina e azitramicina para tratamento da covid-19, recebeu a receita de um médico do Hospital Regional Costa do Cacau, gerido pelo governo da Bahia. A Secretaria de Saúde do Estado havia negado que receituário tivesse sido emitido por profissionais do hospital. As informações são do colunista João Pedro Pitombo, do jornal Folha de São Paulo, publicadas nesta terça-feira (21).

A reportagem teve acesso à receita, assinada pelo médico Rafael Kleicius Reis. Em nota, a Secretaria de Saúde informou que o profissional agiu fora do protocolo estabelecido pelo órgão, que salienta que receitas para medicamentos em caso de covid-19 devem ser apenas para pacientes internados. A pasta também informa que uma sindicância para apurar o caso será aberta.

Gilmar apresentou sintomas leves da doença, recebeu a receita e foi liberado para cumprir isolamento domiciliar. Na madrugada da segunda-feira (20), o médico teve um mal súbito e morreu após uma parada cardiorrespiratória.