O pleito eleitoral previsto para acontecer em novembro deste ano será abastecido em sua maior parte com dinheiro público, após aprovação no Congresso Nacional do Fundo Eleitoral. A informação foi publicada pelo jornal Estadão, nesta quarta-feira (15). Alguns dirigentes dos partidos já começaram a definir como distribuir os R$ 2 bilhões que terão para bancar campanhas nas 5.570 cidades do brasileiras.

A partilha dos recursos deve ser decidida pelo ‘caciques’ das siglas que escolhem os melhores nomes para disputar as vagas de prefeitos e vereadores. Com a pandemia do novo coronavírus (covid-19), as cúpulas dos partidos se programam para uma campanha concentrada na internet, com propaganda para atingir eleitores nas redes sociais, e com o horário eleitoral em rádio e TV. Na avaliação das legendas, isso deve encarecer os custos das eleições.

Na avaliação do presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, as plataformas digitais tem um alto custo para produção e distribuição de conteúdos. “Internet, televisão, tudo isso gasta dinheiro. Embora a propaganda na TV não seja paga, fazer a propaganda custa caro. Tem que ter estratégia, imagem, marqueteiro. É mais caro, não tenha dúvida disso”, afirmou em entrevista ao Estadão.

O PT, dono da maior fatia do Fundo Eleitoral, R$ 201,3 milhões, os critérios devem ser definidos nas próximas semanas, segundo a presidente do partido, a deputada Gleisi Hoffmann. “Vamos levar em conta a proporcionalidade do eleitorado, a votação que tivemos para deputados federais nos Estados e municípios”, disse Gleisi. O partido ainda não fechou o número de candidatos que pretende lançar, mas quer ter cabeça de chapa em 80% das cidades com segundo turno, o que dá 76.

Em Aracaju, a legenda lanço o nome do vice-presidente nacional, Márcio Mâcedo para concorrer com o ex-aliado Edvaldo Nogueira (PDT). Nos bastidores da política sergipana comenta-se que o PT vai caminhar com chapa “puro-sangue” em Aracaju. O PSB de Carlos Siqueira, colocou o ex-deputado federal, Valadares Filho e presidente da legenda em Sergipe, para disputar a prefeitura da capital.