O empresário e uma funcionária de uma empresa contratada para fornecer medicamentos para a prefeitura de Laranjeiras, na Grande Aracaju, foram presos, na manhã desta quinta-feira (20), durante desdobramento da Operação Cítrus.

De acordo com o Ministério Público de Sergipe (MP-SE), responsável pela ação, os dois são suspeitos de obstruir as investigações. Também foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão. Os locais das prisões, buscas e apreensões não foram informados.

Segundo o promotor de Justiça Bruno Melo, após a deflagração da primeira fase da operação, no dia 19 de dezembro, foi constatado que os envolvidos passaram a destruir provas importantes. Ele acrescentou que a investigação inicial é destinada a prefeitura de Laranjeiras, mas deve se estender para outros municípios.

“Queimaram diversas caixas, em depoimento as pessoas constaram que foram queimados documentos, caixas, todos importantes para a investigação. Foi dado fim a celulares, foram trocados de aparelhos, foram apagados todos os dados dos aparelhos”, disse durante coletiva à imprensa.

Em dezembro do ano passado, o Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), que integra o MP, prendeu o prefeito de Laranjeiras, Paulo Hagenbeck, e um funcionário dele durante a operação que investiga irregularidades em licitações para compras de medicamentos na prefeitura.

Os mandados de prisão foram autorizados pela desembargadora Ana Lúcia Freire de Almeida dos Anjos. Após as oitivas com o grupo do Ministério Público, os presos serão levados para o Departamento de Crimes contra a Ordem Tributária (Deotap) da Polícia Civil.