Política


Zezinho Sobral: Rei sem reino


Publicado 21 de julho de 2021 às 09:47     Por Peu Moraes     Foto Jadilson Simões / Rede Alese

A filiação de ex-postulante à prefeitura de Aracaju, Danielle Garcia, no Podemos, nesta terça-feira (20), demostrou que o ex-presidente da sigla em Sergipe, deputado estadual e líder do governo na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), Zezinho Sobral possuía pouca ou qualquer nenhuma força diante das decisões da Executivo Nacional.

A ida de Garcia para o Podemos pode refletir no “fogo-amigo” para o governador Belivaldo Chagas (PSD), uma vez que, a candidata derrotada em segundo turno na corrida pela prefeitura de Aracaju, em 2020, é cria do senador Alessandro Vieira (Cidadania), adversário político de Edvaldo e Belivaldo.

Sobral chegou a afirmar que discordava da filiação de Danielle, e colocou a decisão para Executiva Nacional. “A filiação da delegada Danielle Garcia ao Podemos é um ato da executiva nacional, sem a concordância da executiva estadual e das municipais. Atualmente, o Podemos Sergipe segue uma linha política que não é a mesma da filiação realizada pela nacional”, afirmou Zezinho em publicação no seu Twitter.

Já Danielle que assumiu também a presidência da Executiva estadual do partido, as tratativas foram iniciadas há cerca de um mês e houve mais de uma conversa com o Sobral. Com o movimento, Danielle concretiza o desejo de ter um partido para chamar de seu. Essa é a leitura de observadores da política sergipana que acompanham as articulações das últimas semanas, baseadas quase que integralmente em Brasília, e confirmada pela delegada.

Após o anúncio da saída da delegada Danielle Garcia, do Cidadania, a líder da oposição na Alese, a deputada Kitty Lima (Cidadania) afastou a possibilidade da ida de outros filiados para nova sigla de Garcia. Questionada pelo Ajunews sobre o assunto ela ressaltou que os dois partidos estão juntos. “Não tem nada sobre isso, estamos juntos, na verdade. Cidadania e Podemos”, resumiu a parlamentar. Já o presidente do Cidadania em Sergipe, o senador Alessandro Vieira, apontou que ida de Danielle para o Pode amplia as possibilidades de renovação política no estado.

Agora basta aguardar os próximos passos de Sobral para saber se vai continuar no Podemos, diante da aliança com Belivaldo e Edvaldo nas eleições 2022, ou vai, rachar a legenda nos palanques eleitorais. Imagina, o eleitor ver o Podemos no palanque no Cidadania criticando o governo. Ao mesmo notar o Pode defendendo o governo. Qual novo reino virá para o mandatário de Laranjeiras?

* Peu Moraes é editor do AjuNews. É jornalista formado pela UniFTC, especialista em Política e Economia e estudante de Direito da UniFTC.*



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