Saúde

Associação Médica Brasileira pede responsabilidade e diz que ato de furar fila na vacinação é ‘constrangedor e reprovável’

Publicado 25 de janeiro de 2021 às 13:00 Por Eduardo Costa Foto Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

A Associação Médica Brasileira (AMB) afirmou que o ato de furar fila para a vacinação contra a covid-19 é “constrangedor e reprovável em todos os aspectos”. A entidade pediu que a população tenha responsabilidade na hora de saber qual o momento certo de se vacinar.

Em nota oficial, a AMB disse ter se informado sobre a situação na imprensa, inclusive envolvendo médicos pelo Brasil. “A situação é constrangedora e reprovável sob todos os aspectos. O país atravessa crise sanitária sem precedentes, sendo que o número de vacinas disponíveis entre nós é, hoje, insuficiente para todos agentes de saúde e demais grupos prioritários”.

A entidade destacou ainda que não podem haver interesses individuais no processo. “Interesses individuais e a busca por vantagens indevidos não podem se sobrepor, em instante algum, ao bem comum. Portanto, cabe às autoridades e aos órgãos responsáveis a fiscalização e a responsabilização destas irregularidades”, pontuou.

“Não podemos permitir que exceções empanem o nobre, exaustivo e incansável trabalho até agora realizado pela classe de profissionais de saúde. Nosso respeito e gratidão a cada um deles. Responsabilidade, cidadania e vacinação: pilares ao combate à covid-19”, encerra a AMB.

Casos em Sergipe
Em Sergipe, foram registrados oficialmente dois casos de prefeitos que furaram a fila da vacinação contra a covid-19. Os gestores de Itabi e Moita Bonita, Júnior de Amynthas (DEM) e Dr. Vagner (PSB), registraram os momentos em que tomaram as primeiras doses.

No caso de Vagner, ele justificou em um vídeo, afirmando que é médico e profissional da saúde, mas disse também não ter trabalhado diretamente com a covid-19. “Fui vacinado porque faço parte do protocolo do município, que inicialmente seria para os profissionais de saúde, dando prioridade àqueles que trabalham diretamente com a covid, e com idosos que vivem em asilos”, disse Dr. Vagner.