Após semanas com registros de superlotação nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) exclusivas para covid-19, a rede privada de Saúde de Sergipe reduziu para 91,2% a taxa de ocupação desses leitos. Devido a alta de internações, hospitais particulares precisaram recorrer a leitos de contingência para atender à população, o que levava taxas de ocupação ultrapassarem os 100%.

De acordo com dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), neste sábado (18), são 701 pessoas diagnosticadas com covid-19 internadas no estado. Destas, 120 estão em UTIs da rede privada. Quanto às enfermarias, a taxa de ocupação está em 84,4%, com 173 dos 205 leitos ocupados.

A análise dos leitos por unidade hospitalar privada, no entanto, revela que metade deles estão com taxas de ocupação em 100%: São Lucas, Primavera e Renascença. Próximo disso estão os leitos da parte particular do hospital Cirurgia, com 94,7% de ocupação. Rede Unimed, com 78,9%, e Gabriel Soares, com 41,7%, completam a lista.

Já os 194 leitos de UTI da rede pública de Saúde, 162 estão ocupados, uma taxa de 83,5%. Quanto às enfermarias públicas, 240 pessoas seguem internadas. Atualmente, Sergipe possui 369 leitos disponíveis para a população.

Os dois hospitais Universitários do estado, localizados em Aracaju e Lagarto, Centro Sul sergipano, são os únicos que atingiram o máximo de internações em UTIs, com 30 e 14 leitos, respectivamente.

O Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), o maior de Sergipe, com 51 dos 55 leitos ocupados, apresenta taxa de ocupação de 92,7%. O Hospital Regional de Estância, Sul do estado e quarta cidade com maior número de casos, com 1.438 confirmações, está com 75% da capacidade de internações em UTI alcançada.

Até este sábado, são 43.072 pessoas diagnosticadas com covid-19 e 1.111 mortes provocadas pela doença em Sergipe. Aracaju, com 22.715 casos, Nossa Senhora do Socorro, com 2.236, e Itabaiana, com 2.128, são as três cidades com maiores índices de pessoas infectadas.