Saúde


Vacina chinesa contra covid-19 não causou efeitos colaterais em 94,7% dos voluntários, diz estudo


Publicado 23 de setembro de 2020 às 15:23     Por Fernanda Souto     Foto Divulgação/ Instituto Butantan

A vacina chinesa desenvolvida pelo laboratório Sinovac em parceria com o Instituto Butantan contra a covid-19 não causou efeitos colaterais em 94,7% dos mais de 50 mil voluntários testados na China. A pesquisa foi apresentada pelo governador de São Paulo, Jõao Doria (PSDB), com o diretor do laboratório do Sinovac da América do Sul, Xing Han, em coletiva de imprensa, nesta quarta-feira (23).

“Esses resultados comprovam que a CoronaVac tem um excelente perfil de segurança e comprova também a manifestação feita pela Organização Mundial da Saúde, indicando a CoronaVac como uma das 8 mais promissoras vacinas em desenvolvimento no seu estágio final em todo o mundo”, disse o governador.

A pesquisa testou 50.027 voluntários na China. Deste total, de acordo com os dados divulgados pela gestão estadual, somente 5,36% daqueles que foram imunizados apresentaram efeitos adversos de grau baixo. Dentre os efeitos, os mais frequentes foram dores leves no local da aplicação (3,08%), fadiga (1,53%) e febre moderada (0,21%).

“Os resultados dos estudos clínicos realizados na China mostraram um baixo índice, de apenas 5,36%, de efeitos adversos e de baixa gravidade. A maioria apresentou apenas dor no local da aplicação da vacina. Efeitos adversos de baixa gravidade para uma minoria de pessoas são comuns em vacinas amplamente utilizadas. A vacina da gripe, por exemplo, produzida aqui pelo Instituto Butantan, em São Paulo, para todos os brasileiros, apresenta efeitos adversos pouco nocivos, como dor no local da aplicação e não mais do que 10% da totalidade dos que são vacinados apresentam alguma reação dessa natureza”, afirmou Doria.

De acordo com o estudo, 422 pessoas maiores de 60 anos já foram vacinadas, e a imunização apresentou 97% de eficácia neste grupo. Também foram vacinados 552 voluntários com idade entre três e 17 anos. No Brasil, 5.584 dos 9 mil voluntários, que receberão a vacina durante o estudo, já foram imunizadas até a terceira fase de testes da CoronaVac.

Segundo o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, os testes devem ser ampliados para 13 mil voluntários no país. Ele afirmou que as fases seguintes dos testes já foram aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Na fase subsequente, grupos considerados de risco, como idosos e crianças deverão ser incluídos.



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