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Jornalista de afiliada da Globo é demitida após denunciar assédio de chefe


Publicado 24 de julho de 2020 às 16:42     Por Larissa Barros     Foto Reprodução / Instagram

Após 20 dias afastada por ter contraído covid-19, a jornalista Ellen Ferreira foi demitida da Rede Amazônica, afiliada da TV Globo em Roraima. De acordo com a jornalista, ela foi recepcionada ontem na emissora com o aviso de sua demissão.

Em entrevista ao colunista Leo Dias, do jornal Metrópoles, Ellen disse que apesar da emissora ter justificado o desligamento com uma reformulação da equipe, ela acredita estar sendo vítima de perseguição, por ter denunciado um ex-chefe de jornalismo do canal, Edison Castro, por assédio moral e sexual.

“Edison Castro é um psicopata que já havia passado pelas redações de Goiás, Maranhão e Tocantins. Homofóbico, racista, gordofóbico. Praticava assédio moral e sexual, deixou toda a equipe doente. Uma moça da TV Anhanguera [Goiás] chegou a tentar se matar por causa dele. Debochava de um repórter que era gay. Chamou o cabelo de uma repórter negra de moita feia”, relatou a jornalista.

Segundo a jornalista, os ataques a ela eram constantes e , por causa disso, chegou a desenvolver uma crise de ansiedade este ano. “Ele dizia que eu era repugnante, gorda, que me vestia mal. Me ameaçava de demissão constantemente. A fama dele era de o João de Deus da redação. Havia gente que desejava bater nele”, disse Ellen.

Ainda durante a entrevista, ela disse que chegou a mandar um e-mail para o diretor de jornalismo da Rede Globo, Ali Kamel, explicando toda a situação que estava acontecendo. Além disso, um dossiê foi enviado ao Sindicato dos Jornalistas de Roraima (Sinjoper). Ellen acredita que essa atitude ajudou na demissão de Edison Castro no dia 29 de junho.

De acordo com o colunista, a Rede Globo foi procurada, no entanto até a publicação da matéria a emissora não apresentou resposta.



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