Polícia


Após contradição de informações no caso Genivaldo, MPF-SE recomenda que policiais rodoviários federais usem câmeras de vídeo durante abordagens


Publicado 29 de julho de 2022 às 17:55     Por Redação AjuNews     Foto Divulgação / PRF

O Ministério Público Federal (MPF-SE) orientou a Direção-Geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) a instituir grupo de trabalho (GT) para realizar estudos e elaborar termo de referência a fim de implementar o uso de câmeras operacionais portáteis por policiais rodoviários federais. A recomendação foi entregue pelo MPF, nesta sexta-feira (29), em Brasília, em reunião realizada na Diretoria de Inteligência da PRF, e também foi enviada para a Direção-Geral da corporação.

A recomendação do MPF acontece após a contradição de informações referente a morte de Genivaldo de Jesus Santos, em Umbaúba, Sul sergipano. Enquanto a PRF disse em nota que Genivaldo havia resistido ativamente à ação da equipe PRF, imagens de populares contrariavam a versão e mostravam que ele não tinha resistido.

Ainda segundo o documento, após a conclusão dos trabalhos do GT, no prazo de 120 dias, a Direção-Geral da PRF deve promover a implementação das câmeras para uso do efetivo de policiais rodoviários federais que atuam no policiamento ostensivo, patrulhamento rodoviário e cumprimento de medidas judiciais, dentre outras atividades.

O órgão também destacou que, em 15 dias, a Direção-Geral da PRF deve informar ao MPF se vai ou não acatar a recomendação. A falta de resposta ou o não acatamento poderá implicar na adoção de medidas administrativas e ações judiciais cabíveis.

Caso Genivaldo
Após a morte de Genivaldo de Jesus Santos, que ocorreu em 25 de maio, em Umbaúba, durante abordagem de
policiais rodoviários federais, a PRF divulgou nota à imprensa em que afirmava que Genivaldo havia resistido ativamente à ação da equipe policial. A nota seguia afirmando que em razão da sua agressividade, foram empregados técnicas de imobilização e instrumentos de menor potencial ofensivo para sua contenção.

No entanto, o teor do documento foi contrariado por inúmeros vídeos gravados por populares que presenciaram a abordagem. As imagens mostram que Genivaldo de Jesus Santos não resistiu ativamente ao ser abordado pelos policiais, tampouco foram empregadas “técnicas de imobilização e instrumentos de menor potencial ofensivo” contra ele.



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