A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido da defesa da deputada federal Flordelis (PSD) para suspender o uso da tornozeleira eletrônica. A decisão foi tomada na última quinta-feira (8). “Pelo exposto, nego seguimento ao presente habeas corpus (§ 1º do art. 21 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal), prejudicada a medida liminar requerida”, diz o despacho da ministra. A parlamentar é acusada de ser mandante da morte do marido, o pastor Anderson do Carmo.

Em 18 de setembro, o uso da tornozeleira eletrônica por Flordelis foi determinado pela juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, da 3° Vara Criminal de Niterói (RJ). Na ocasião, a magistrada também impôs um recolhimento domiciliar noturno, obrigando a deputada a permanecer em casa das 23h às 6h.

A defesa de Flordelis tem tentado reverter a decisão desde então. Em 25 de setembro, o desembargador Celso Ferreira Filho, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), também negou a suspensão do uso de tornozeleira.

Para o desembargador, o fato de a deputada não ter se apresentado para colocar o equipamento demonstra como ele é, de fato, necessário. Desde a primeira decisão, demorou 20 dias para que Flordelis se apresentasse para usar a tornozeleira.