Polícia


Operação Narcos: PF desarticula esquema internacional de lavagem de dinheiro e tráfico de drogas


Publicado 14 de fevereiro de 2020 às 08:47     Por Redação AjuNews     Foto Divulgação / PF

Quatro pessoas foram presas durante a Operação Narcos, deflagrada pela Polícia Federal (PF), nesta quinta (13). Foram alvos da ação uma organização criminosa envolvida com tráfico de drogas e armas e esquemas de lavagem de dinheiro.

As ações aconteceram em Santa Catarina (Balneário Camboriú, Bombinhas, Brusque, Canelinha, Florianópolis, Itapema e Porto Belo), Bahia (Eunápolis e Porto Seguro), Minas Gerais (Governador Valadares), Espírito Santo (Linhares) e Rio Grande do Sul (Canoas).

Durante a operação, a PF contou com apoio da Polícia Rodoviária Federal, da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e da Polícia Civil. São cumpridos 24 mandados de busca e apreensão e 17 mandados de prisão – 16 preventivas e uma temporária.

Nas investigações, a polícia identificou que os integrantes do grupo criminoso possuíam patrimônios milionários registrados em seus próprios nomes e no de terceiros (parentes, empresas e outros ‘laranjas’). O fato levou à decretação de sequestro de imóveis, vários de alto padrão, incluindo apartamentos em Itapema (SC), Bombinhas (SC), Porto Belo (SC) e um sítio em Canelinha (SC). Também foram apreendidos automóveis de alto valor e determinado o bloqueio de contas de 25 investigados.

De acordo com o que foi apurado pela PF, o grupo criminoso atuava em vários estados. Ele utilizava pequenas aeronaves e aeródromos para trazer drogas da Bolívia de forma clandestina, com posterior revenda no mercado interno ou envio para outros países por meio de transporte marítimo, a partir de portos localizados em Santa Catarina e em outros estados do país.

Quase duas toneladas de cocaína foram apreendidas durante a investigação, bem como 12 aeronaves, o que resultou na prisão em flagrante de alguns integrantes do grupo, tendo, inclusive, um dos seus líderes sido preso em meados de 2019 no Pará. A apuração colheu fortes indícios de que a quadrilha fazia parte de uma facção criminosa e atuava no contrabando de armas de calibre restrito.

Os envolvidos podem ser indiciados por crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, organização criminosa e de lavagem de dinheiro, cujas penas somadas podem ultrapassar 30 anos.



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