Saúde


Alessandro Vieira e MP-SE discutem situação do Hospital Cirurgia; órgão investiga atraso no pagamento de R$58 mi


Publicado 23 de novembro de 2021 às 15:50     Por Fernanda Souto     Foto Divulgação/ Assessoria do parlamentar

O senador por Sergipe, Alessandro Vieira (Cidadania), se reuniu com o Procurador-Geral de Justiça, Manoel Cabral Machado Neto, na manhã desta segunda-feira (22), no Ministério Público de Sergipe (MP-SE), para discutir sobre a situação do Hospital de Cirurgia. A pauta da reunião foi o fato da unidade não ter recebido o repasse de R$ 58 milhões por parte do governo de Sergipe.

De acordo com o parlamentar, o Hospital de Cirurgia já reduziu 1/3 do volume de cirurgias, cancelou as consultas oncológicas de primeira vez, interrompeu cirurgias que não são urgentes nas áreas de ortopedia, cardiologia e retirada de tumores. Também houve interrupção no pagamento de fornecedores e no pagamento de cooperativas médicas, devido ao atraso nos repasses.

“Convocamos a parceria do Ministério Público nesse trabalho de atenção à saúde dos sergipanos. O Governo do Estado tem recursos retidos que não repassa para o Hospital de Cirurgia. Isso está gerando fila nas operações, nos atendimentos às pessoas. São sergipanos com doenças graves, morrendo na fila porque o Governo não faz o repasse desses recursos federais que estão na conta do Estado. A atuação do Ministério Público é essencial para a regularização e normalização da situação”, destacou Alessandro.

Há 10 dias, o senador enviou um ofício ao governo estadual solicitando uma justificativa para o atraso dos pagamentos. Na oportunidade, ele pediu também o comprovante das tratativas para a realização dos repasses e o cronograma da programação dos pagamentos devidos. Até o momento, a gestão não se manifestou.

“O atraso, sem justificativa, desses R$ 58 milhões para o Hospital de Cirurgia impactam diretamente no atendimento da população, especialmente num momento em que ainda estamos em pandemia, mas com a abertura das cirurgias eletivas. Já temos, atualmente, fila de espera para cirurgias neurológicas, cardíacas, ortopédicas e urológicas. Esta inadimplência do Governo do Estado pode agravar ainda mais o atendimento à população caso venha a ser necessário interromper as atividades”, alertou Vieira.

Na reunião, o MP informou que já instaurou um procedimento administrativo, e que nas próximas semanas estará com a diretoria do Hospital de Cirurgia para apurar e acompanhar a situação.

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