Resumo da Semana


Belivaldo bate o pé sobre rateio e a polêmica do decreto de Edvaldo Nogueira


Publicado 26 de dezembro de 2021 às 17:17     Por Dhenef Andrade e Peu Moraes     Foto Reprodução / PMA

Bateu o pé: A semana foi marcada por vários protestos dos professores estaduais e municipais que cobram o rateio das sobras do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Segundo o Sintese, em Sergipe esse valor passa de R$300 milhões. A categoria, no entanto, amargou um ‘não vai ter rateio’ do governador Belivaldo Chagas (PSD). Em uma live, Chagas disse que não tem obrigação de “pegar o dinheiro da educação e sair distribuindo”. Ainda disse que a categoria não o chamou para o diálogo. Todas as falas do governador foram rebatidas pelo sindicato que avaliou como mais uma tentativa de colocar a população sergipana contra a luta do magistério.

Um bloco desanimado: Essa é a avaliação do prefeito de Propriá e ex-secretário da Saúde de Sergipe, Valberto Oliveira (MDB), sobre a, já conhecida, demora de Belivaldo Chagas (PSD) em escolher o famigerado nome que vai disputar o governo do estado em 2022 pela agrupamento da base. Uns dizem que a definição sai em janeiro, mas Oliveira acredita que isso só acontecerá em meados de fevereiro a março. O MDB foi um dos primeiros a fechar apoio para a escolha de Fábio Mitidieri (PSD).

Senado sim, porém depende: O ex-deputado federal e cotado pra assumir a presidência do União Brasil em Sergipe, André Moura gostaria de concorrer ao Senado, mais uma vez. No entanto, existe um grande ‘se’ na questão. Tudo depende do que o grupamento decidir em conjunto. André disse que “não haverá frustação” caso seja indicado para a Câmara.

Caminhando juntos e uma pedra no sapato: André Moura também afirmou que espera que a senadora Maria do Carmo e sua filha, Ana Alves, sigam com o União Brasil. Moura disse que se for confirmada a candidatura de Ana para a Alese ela terá seu apoio e ajuda. Se por um lado as conversas com as duas avançam, a com o presidente do DEM em Sergipe, José Carlos Machado, andam meio emperradas. André disse que o problema no diálogo com o ex-vice de João Alves não é pessoal mas tem a ver com o projeto político dele. Machado tem pretensões de disputar uma das vagas na Câmara Federal. Desde da aprovação da fusão do DEM e PSL, bastidores apontam uma possível mudança de partido de Machado.

Vice-governadora quer Câmara Federal: A petista Eliane Aquino, vice de Belivaldo Chagas (PSD), confirmou sua pretensão de lançar candidatura para deputada federal em 2022. Ela negou o que vinha sendo divulgado na imprensa de que iria brigar pela cadeira no Senado e disse que o foco do PT é eleger Lula e aumentar a representação do partido no Congresso.

Polêmica da vacina: O prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PDT), assinou um decreto que determina a obrigatoriedade de vacinação contra covid-19 de todos os servidores públicos municipais. O documento determina que todos os órgãos municipais fação o levantamento, checagem e relatório de todos os servidores que ainda não se vacinaram. Caso o servidor se recuse, sem justificativa, a cumprir a medida, deverá ser afastado do trabalho e ter os dias descontados do seu salário.

Edvaldo, o perverso: Diante da medida, opositores do pedetista se manifestaram contrários à “esta aberração”, como definiu o deputado estadual Rodrigo Valadares (PTB). Ele afirma que é a favor da vacina, mas contrário a obrigatoriedade. Já para um dos líderes do movimento direitista na capital, o empresário Lúcio Flávio, o decreto é autoritário e que Edvaldo é perverso ao propor a medida. Ambos disseram que vão tomar medidas cabíveis para impedir a execução do que estabelece o decreto.

Polícia Militar politizada: O decreto do Governo de Sergipe que permite a aposentadoria de militares com menos de 50 anos de idade tirou da ativa quatro coronéis da Polícia Militar de Sergipe. Entre eles está o presidente da Associação dos Oficiais Militares de Sergipe (Assomise) e um dos representantes do Movimento Polícia Unida, Adriano Reis. A medida é vista como possível perseguição disfarçada de aposentadoria compulsória. Adriano afirma que essa é mais uma prova que a PM tem dono e que o comandante da tropa, Cel Marconi, “governa enclausurado em seu gabinete e decide com um pequeno grupo todo o destino da corporação”. Diante de necessidades mais evidentes que beneficiam toda a tropa, como as reestruturações dos quartéis, pauta antiga da PM, o Comandante-Geral parece se preocupar com a retirada disfarçada de quem o critica.

Orçamento de Aracaju: Os vereadores de Aracaju finalizaram a apreciação da Lei Orçamentária Anual (LOA) e aprovaram o orçamento previsto para 2022 no valor de mais de R$ R$2,95 bilhões, porém, sem votar as emendas impositivas. As emendas impositivas já existem em outras Casas Legislativas, mas seria uma novidade em Aracaju. Elas seriam indicadas pelos vereadores para realização de obras nos bairros em atendimento às demandas recebidas junto às comunidades. O valor estimado da propositura poderia chegar a 1,2% da receita corrente líquida, sendo 0,6% destinado para a área da saúde e 0,6% para os demais serviços públicos.

 



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