O ministro da Economia, Paulo Guedes, exaltou a concessão do auxílio emergencial do governo Jair Bolsonaro (sem partido), afirmando em almoço com líderes de partidos no último dia 22 de setembro que o valor “é dinheiro na veia do povo”. A informação é do jornal O Estado de São Paulo, e mostra um alinhamento ao momento mais “populista” do presidente, deixando de lado a agenda liberal.

Na reunião, que ocorreu no último dia 22 de setembro na casa do líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (Progressistas-PR), estiveram dirigentes do Centrão e líderes de partidos, como Arthur Lira (Progressistas), Baleira Rossi (MDB), Diego Andrade (PSD) e Wellington Roberto (PL).

Guedes falou do Renda Cidadã, plano recém-criado pelo governo, e defendeu o auxílio emergencial que começou em R$ 600 e foi estendido para R$ 300 até dezembro. Segundo relatos da reunião, o ministro citou até mesmo o ex-presidente Lula (PT) ao falar da importância de programas robustos de transferência de renda, como é o Bolsa Família. Ele também tentou tocar em um novo imposto nos moldes da CPMF, mas a discussão não evoluiu.

Recentemente, o presidente Bolsonaro foi ao ser criticado pela proposta de tirar recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental (Fundeb) para pôr no Renda Cidadã. Ele escreveu em rede social: “Minha crescente popularidade importuna adversários e grande parte da imprensa, que rotulam qualquer ação minha como eleitoreira. Se nada faço, sou omisso. Se faço, estou pensando em 2022”.

Segundo integrantes da equipe econômica, Guedes jamais deixou de defender a agenda liberal no Ministério da Economia. Porém, políticos e membros do mercado financeiro avaliam que o ministro cedeu ao “populismo” para conseguir se manter no cargo até o fim.

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