Líderes católicos e evangélicos vão apresentar, nesta terça-feira (26), um pedido de afastamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Câmara dos Deputados. O movimento apresentado como uma “frente de fé”, tem o objetivo de aumentar a pressão pela abertura de um processo de impeachment contra o chefe do Executivo, com o argumento de que ele agiu com negligência na condução da pandemia da covid-19, agravando a crise. As informações são do Estadão.

Segundo a publicação, essa é a primeira vez que representantes desse segmento encaminham uma denúncia contra o presidente por crime de responsabilidade. O pedido de impeachment é assinado por religiosos críticos ao governo. Na lista estão padres católicos, anglicanos, luteranos, metodistas e também pastores.

Para os religiosos, Bolsonaro cometeu crime de responsabilidade e desrespeitou princípios constitucionais e o direito à vida e à saúde. Mais de 200 mil pessoas já morreram em decorrência de covid-19.

Outro pedido de afastamento de Bolsonaro vai ser protocolado na Câmara nesta quarta-feira (27), pelos partidos de esquerda como PT, PDT, PSB, PSOL e PCdoB, além da Rede, desta vez com o mote “Pelo impeachment, pela vacina e pela renda emergencial”. Segundo o Estadão, as siglas adiaram a formalização da denúncia, antes prevista para esta terça-feira (26), justamente a pedido dos religiosos, que temiam confusão entre os dois movimentos.

A decisão dos líderes religiosos vai de encontro a outros pastores evangélicos que defenderam a eleição de Bolsonaro, em 2018, e integram a base de apoio ao governo. Entre os defensores de Bolsonaro estão Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo; José Wellington Bezerra da Costa, da Assembleia de Deus Belém; Edir Macedo, da Universal do Reino de Deus; e R.R. Soares, da Igreja Internacional da Graça de Deus.

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